A Justiça manteve o regime semiaberto para o delegado da Polícia Civil do Ceará, Paulo Hernesto Pereira Tavares, condenado a 9 anos e 6 meses de detenção por agredir uma mulher e cometer outros crimes durante uma briga de trânsito. A decisão foi confirmada pela Vara Única da Comarca de Aurora, na última terça-feira (6).

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O Ministério Público do Ceará (MPCE) havia solicitado que a pena fosse cumprida em regime fechado, argumentando que, para penas superiores a 8 anos, o regime fechado seria obrigatório, independentemente da natureza dos crimes. No entanto, a Justiça acolheu a defesa do delegado, que rebateu o pedido do MPCE, afirmando que a regra invocada era aplicável apenas na fase de execução penal.

Paulo Hernesto foi condenado pelos crimes de lesão corporal, calúnia, ameaça, resistência, desacato e dirigir sob efeito de álcool. Além da pena de detenção, ele também foi sentenciado à perda do cargo público de delegado. A defesa do delegado já recorreu da decisão, esperando que a sentença seja revista pelo Tribunal de Justiça do Ceará.

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Delegado agride mulher no Ceará

O caso ganhou destaque após o delegado ser preso em flagrante em novembro do ano passado, no Centro de Aurora, sob acusação de dirigir alcoolizado, agredir uma mulher e um adolescente, e desacatar policiais militares.

Após ser solto em uma audiência de custódia, ele foi preso novamente por suspeita de manipular testemunhas, mas acabou sendo liberado em abril deste ano.

Apesar da condenação, a demissão do delegado ainda não foi oficializada no Diário Oficial do Estado. Recentemente, ele foi deslocado para uma força-tarefa em São João do Jaguaribe, com direito a diárias pagas pelo Estado.

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