A integração regional pode trazer um impulso econômico semelhante ao da reforma tributária, destaca ministra do Planejamento, Simone Tebet.
Integração regional pode ter mesmo impacto da reforma tributária no PIB, diz Tebet
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta sexta-feira, 16, que o projeto das cinco rotas de integração sul-americana pode trazer um impulso à economia parecido com o estimado na reforma tributária. “Da mesma forma como tenho a expectativa de que a partir de 2030 a reforma tributária vai fazer o Brasil crescer 1 ponto porcentual a mais por ano, temos quase uma reforma tributária ou uma reforma tributária inteira com a integração regional”, comentou, ao participar de reunião com os conselhos de Economia, Comércio Exterior, Infraestrutura e Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
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O projeto contempla 190 projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento – entre rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, redes digitais e linhas de transmissão de energia – que vão interligar o Brasil a países vizinhos.
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A ministra destacou que, ao permitir a saída das exportações pelo Pacífico, a integração regional permitirá reduzir em 10 mil quilômetros – ou o equivalente a três semanas a menos de transporte – a distância dos produtos brasileiros à Ásia. Com isso, emendou, as exportações brasileiras ganharão competitividade. “Estamos falando em mudança no PIB brasileiro.”
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Mais uma vez, a ministra observou que todas as obras necessárias já estão no orçamento do PAC, sem representar, assim, um impacto fiscal adicional. Os projetos de integração contam com US$ 10 bilhões de um fundo gerido por bancos de fomento, do qual a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é de US$ 3 bilhões.
Tebet voltou a assegurar que os recursos do BNDES serão direcionados apenas a obras no Brasil, “da porteira para dentro”. A ministra pontuou que os frutos das rotas de integração mapeadas poderão ser colhidos a partir de 2026. Também defendeu que as rotas representam um projeto necessário de país, e não de governo.
“Temos que parar de falar que é projeto ideológico. Não sou de esquerda ou de direita, sou do centro democrático e estou defendendo com brilho nos olhos essas rotas”, declarou a ministra.
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Fonte: Estadão
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