O comunicador não terá velório para seguir o que diz a religião dele
Qual era a religião de Silvio Santos? Descubra a seguir
Silvio Santos, nome artístico de Senor Abravanel, morreu neste sábado (17), e não terá velório. O motivo, de acordo com carta da Família Abravanel, é um pedido do próprio comunicador para seguir a cerimônia da religião dele. O ícone da televisão brasileira era praticante do Judaísmo.
Nascido em 12 de dezembro de 1930, Silvio Santos frequentemente expressava sua fé em entrevistas e declarações públicas. Em uma conversa com a Folha de São Paulo em 2013, afirmou: “Judeu não deve alugar a televisão para os outros. Você não sabe que os judeus perderam tudo quando deixaram outras religiões entrarem em Israel?” Essa citação reflete sua crença de que a religião deve guiar suas decisões de negócios, evitando horários religiosos em sua emissora, o SBT.
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Silvio Santos também destacava a importância de sua herança judaica em sua vida pessoal e profissional, afirmando que a fé é um pilar fundamental em sua trajetória. A conexão com suas raízes é evidente em sua postura e em como ele gerencia seus negócios, sempre priorizando seus princípios.
Além disso, a escolha de não alugar horários para programas religiosos, ao contrário de outras emissoras, demonstra seu compromisso com suas crenças, com a religião de origem dele e dos pais. Ele acredita que a integridade de sua fé deve prevalecer sobre as oportunidades comerciais que poderiam comprometer seus valores. Essa postura é uma das razões pelas quais Silvio Santos é respeitado não apenas como empresário, mas também como uma figura pública que se mantém fiel às suas convicções.
Ao longo de sua carreira, o comunicador e empresário se tornou um símbolo de sucesso e perseverança, mostrando que é possível alinhar a fé com o sucesso nos negócios. Silvio Santos foi um exemplo de como a religião pode influenciar decisões e moldar a identidade de uma pessoa, especialmente em um ambiente tão competitivo como a televisão.
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Quais os dogmas da religião de Silvio Santos?
Silvio Santos, conhecido por sua forte identidade judaica, seguia alguns dos principais dogmas do Judaísmo. Ele se identificava como judeu e, embora não fosse um praticante fervoroso, respeitava as tradições importantes. Por exemplo, ele jejuava no Yom Kippur, o dia mais sagrado do Judaísmo, e ia à sinagoga uma vez por ano, conforme mencionado pelo rabino Sany Sonnenreich.
Além disso, Silvio Santos contribuía generosamente para a comunidade judaica, ajudando a construir a Sinagoga Ohel Yaacov em São Paulo, demonstrando seu compromisso com a preservação de sua cultura e religião.
Por que o apresentador não terá velório?
No Judaísmo, os rituais relacionados à morte, velório e enterro são profundamente significativos e seguem tradições antigas. Após a morte, a família deve comunicar o Chevra Kadisha, um grupo de voluntários que cuida dos procedimentos funerários. O corpo é preparado através do ritual de Tahará, que envolve um banho de purificação e a recitação de orações para pedir perdão pelos pecados do falecido.
O enterro, ou Kevurah, deve ocorrer o mais rápido possível, geralmente no mesmo dia da morte, pois acredita-se que a alma não pode descansar até ser sepultada. A cremação é geralmente proibida, pois o Judaísmo vê isso como uma mutilação do corpo, que deve ser tratado com respeito e permitir a decomposição natural.
Após o enterro, observa-se o período de Shivá, onde os enlutados permanecem em casa por sete dias, recebendo apoio da comunidade. Um ano após a morte, realiza-se a cerimônia de unveiling, onde pedras são colocadas sobre o túmulo, simbolizando que os mortos não serão esquecidos. Esses rituais refletem a crença judaica na eternidade da alma e na importância de honrar os que partiram.
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