FOCOS DE INCÊNDIO

Entenda como estão as queimadas na Amazônia em 2024

São mais de 8.969 em 2024, um aumento de 153% em relação ao ano anterior

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24 de agosto de 2024
Portal GCMAIS

As queimadas na Amazônia em 2024 estão em um nível alarmante, com um aumento significativo em comparação aos anos anteriores. Até julho, foram registrados 20.221 focos de calor, o maior número em quase duas décadas, refletindo um aumento de 153% em relação a 2023.

Entenda como estão as queimadas na Amazônia em 2024

O fenômeno é exacerbado pela seca severa, considerada a maior da história do Amazonas, e pelo impacto do El Niño, que intensifica as temperaturas e a vulnerabilidade da floresta.

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Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, apenas em julho, o estado do Amazonas contabilizou 773 focos de calor, superando a média esperada. Essa situação é preocupante, pois a temporada de queimadas na região geralmente ocorre entre junho e outubro, e os incêndios já estão se espalhando rapidamente.

Além dos impactos ambientais, as queimadas têm gerado problemas de qualidade do ar, afetando cidades em dez estados brasileiros. A combinação de desmatamento, práticas agrícolas irresponsáveis e a falta de fiscalização adequada contribui para esse cenário devastador. A necessidade de um planejamento eficaz e de ações preventivas é urgente para mitigar os danos.

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Causas das queimadas na Amazônia em 2024

As principais causas das queimadas na Amazônia em 2024 são predominantemente humanas, impulsionadas por atividades econômicas e climáticas adversas.

  • Desmatamento: A abertura de áreas para agricultura e pecuária continua a ser a principal motivação. O desmatamento, muitas vezes realizado para limpar a terra, resulta em queimadas subsequentes para facilitar o uso da terra.
  • Condições Climáticas: A seca severa, exacerbada pelo fenômeno El Niño, tem contribuído para a vulnerabilidade da floresta ao fogo. Em 2024, a região enfrenta uma das piores secas da história, com chuvas abaixo do esperado, aumentando os focos de incêndio.
  • Práticas Ilegais: Atividades ilegais, como o garimpo e a grilagem de terras, também são responsáveis por incêndios criminosos. Esses atos ocorrem especialmente durante a estação seca, quando a fiscalização é mais difícil.

Esses fatores combinados resultaram em um aumento alarmante de queimadas, com mais de 8.969 focos registrados nos primeiros meses de 2024, um aumento de 153% em relação ao ano anterior.

Efeitos dos incêndios na biodiversidade

As queimadas na Amazônia têm efeitos devastadores sobre a biodiversidade da região. Entre os principais impactos estão:

  1. Perda de habitat: A destruição de áreas florestais compromete o habitat de inúmeras espécies, levando à diminuição de populações de fauna e flora. Estima-se que cerca de 95% das espécies na Amazônia tenham sido afetadas pelas queimadas entre 2001 e 2019.
  2. Extinção de espécies: As queimadas ameaçam diretamente espécies já em risco de extinção. Aproximadamente 85% das plantas e animais ameaçados na região são impactados pelos incêndios.
  3. Alterações nos ecossistemas: A queima da vegetação altera os ecossistemas locais, afetando a dinâmica de interações entre espécies e comprometendo a resiliência dos ambientes naturais.
  4. Emissões de gases de efeito estufa: As queimadas contribuem significativamente para as emissões de gases de efeito estufa, exacerbando as mudanças climáticas e afetando a biodiversidade global.

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