Dia Nacional do Rádio: 102 anos de história, reinvenção e conquista dos ouvintes

Em 25 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional do Rádio, uma data que homenageia um meio de comunicação que, apesar de seus 102 anos, continua se reinventando. Com a adaptação a novas tecnologias e a incorporação de diversas linguagens, o rádio permanece como um companhia constante e acessível, conquistando o coração dos ouvintes.

Cláudio Henrique, motorista de aplicativo, é um dos muitos que fazem do rádio parte de sua rotina. “É o dia todo. De manhã cedo, vou até de noite escutando a 89”, conta, referindo-se à 89 FM, do Grupo Cidade de Comunicação. Para ele, a interação com a emissora é fundamental. “Eu mando áudio pra rádio com um personagem que eu tenho. Peço músicas, eu falo: ‘Alô, toca aí pra mim o Forró das Antigas!’”.

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Francimar Miranda, amante de rádio há 60 anos, também valoriza esse meio. Ele escuta a Atlântico Sul FM pela internet e aprecia uma variedade de gêneros musicais: “Música antiga, da música internacional ao MPB. Eu começo de manhã ouvindo os clássicos da Atlântico, que começam de 5h às 6h, de 7h às 9h e de 9 às 10h o Clássicos 105”.

A história do rádio no Brasil começou em setembro de 1922, no Rio de Janeiro, e se consolidou como um dos principais meios de comunicação do século XX. A primeira emissora do estado do Ceará, a Ceará Rádio Clube, foi fundada em 1934, proporcionando uma programação que evoluiu ao longo das décadas.

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“A gente tem todo um cuidado para atender aquele público específico da rádio. No mais, é só festa, comunicação e alegria”, ressalta Marcus Vinícius, locutor da Cidade 99.

Na era digital, o rádio se adaptou e ganhou uma nova dimensão, alcançando uma audiência global. “É um meio rico e importante na vida das pessoas. Ele se tornou mais segmentado, permitindo que o público escolha programações especializadas,” explica Raimundo Nonato Lima, professor de rádio da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Dia Nacional do Rádio

A escolha da data remete ao nascimento de Edgar Roquette-Pinto, considerado o “Pai do Rádio” no Brasil, que teve um papel fundamental na popularização e desenvolvimento da radiodifusão no país. O rádio, que foi patenteado por Guglielmo Marconi no início do século XX, continua a ser um veículo essencial para a disseminação de informação e cultura. Desde suas primeiras transmissões em 1922, o rádio tem acompanhado momentos históricos significativos, servindo como uma fonte confiável de notícias e entretenimento.

Atualmente, o rádio enfrenta desafios com o advento das novas tecnologias e plataformas digitais. No entanto, ele se reinventa constantemente, mantendo-se relevante em um mundo cada vez mais conectado. As rádios comunitárias e populares desempenham um papel crucial ao oferecer vozes diversas e promover a inclusão social.

Além disso, o rádio é reconhecido por sua capacidade de alcançar públicos amplos, especialmente em áreas remotas onde outras formas de comunicação podem ser limitadas. A agilidade das transmissões radiofônicas permite que informações importantes cheguem rapidamente à população, especialmente em situações de emergência.

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