CONSCIENTIZAÇÃO

“Clínica de Reabilitação para Homofóbicos”: performance artística provoca reflexão em Fortaleza

A proposta inverte a lógica da patologização, sugerindo que a homofobia, e não a homossexualidade, é uma “doença” a ser tratada.

Compartilhe:
2 de outubro de 2024
Paulo Martins

Em outubro, Fortaleza recebe a intervenção urbana “Clínica de Reabilitação para Homofóbicos”, criada pelos artistas e pesquisadores Eduardo Bruno e Waldírio Castro. A performance visa provocar uma reflexão profunda sobre a homofobia e outras formas de opressão social, trazendo à tona discussões sobre transfobia, racismo, capacitismo e xenofobia, além de destacar as vivências LGBTQIAPN+.

“Clínica de Reabilitação para Homofóbicos”: performance artística provoca reflexão em Fortaleza
Foto: Reprodução

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

A ação já foi apresentada em diversos eventos culturais, como o Festival “Sindicato da Performance” no Crato, a Mostra Verbo na Pinacoteca do Ceará e no Centro Dragão do Mar. Agora, retorna a Fortaleza com apresentações programadas em espaços públicos de diferentes regiões da cidade, sempre com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de uma “cura” da homofobia.

Programação das performances

  • 10/10 – Praça da Messejana (10h às 11h)
  • 17/10 – Feira do Álvaro Weyne (10h às 11h)
  • 21/10 – Praça das Artes – Maraponga (18h às 19h)
  • 31/10 – Beira-Mar – Praia de Iracema (18h às 19h)

Durante a performance, os artistas, vestindo uniformes da fictícia “Clínica”, distribuem panfletos com mensagens provocativas, como “Se você tem se sentido homofóbico, nós temos a solução”. O público é convidado a interagir por WhatsApp, em uma espécie de “Call Center” performático. Além disso, o projeto contará com busdoors espalhados por Fortaleza, trazendo as mensagens da intervenção para o cotidiano da cidade.

“Clínica de Reabilitação para Homofóbicos” em Fortaleza

>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<

A proposta inverte a lógica da patologização, sugerindo que a homofobia, e não a homossexualidade, é uma “doença” a ser tratada. Segundo Waldírio Castro, a performance provoca o imaginário sobre a violência gerada contra pessoas LGBTQIAPN+, denunciando o conservadorismo e a violência estrutural que afetam essas populações.

Como parte da última etapa do projeto, será lançado um foto-livro com 200 exemplares, reunindo registros das performances, imagens dos busdoors e depoimentos dos artistas. O projeto é realizado pela Plataforma Imaginários, com apoio da Secretaria de Cultura de Fortaleza, por meio da Lei Paulo Gustavo.

Leia também | ANS propõe mudanças na política de reajuste dos planos de saúde; veja detalhes

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

WhatsApp do GCMais

NOTÍCIAS DO GCMAIS NO SEU WHATSAPP!

Últimas notícias de Fortaleza, Ceará e Brasil

Lembre-se: as regras de privacidade dos grupos são definidas pelo Whatsapp.