O jornalista estava internado no Hospital Santa Teresa, onde tratava uma pneumonia, e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos
Cid Moreira estava enfrentando “desgaste do organismo” nos últimos dias, detalha médico
Nesta quinta-feira (3), o Brasil se despediu do jornalista Cid Moreira, dono de uma das vozes mais emblemáticas da televisão brasileira, que faleceu aos 97 anos em Petrópolis, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. O médico Nélio Gomes Júnior, que acompanhou Cid Moreira nos últimos dias, compartilhou detalhes sobre a saúde do jornalista. “Era um paciente de 97 anos, com o histórico de trombose venosa e há três anos fazendo diálise. Ainda teve infecções de repetição, várias sessões de antibióticos e atrofia muscular importante, e o desgaste natural do organismo”, informou o médico. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta. O jornalista estava internado no Hospital Santa Teresa, onde tratava uma pneumonia, e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Cid Moreira foi o primeiro apresentador do Jornal Nacional e permaneceu à frente do telejornal por 26 anos, marcando a história do jornalismo brasileiro.
“Fico contente por ter participado desses últimos 29 dias da vida dele e ter vivenciado um ambiente de carinho enorme entre ele e a Fátima. Parabéns, Fátima, pela resiliência e presença, você foi extremamente importante nos últimos dias. É o que a gente faz quando a gente ama”, disse o médico, referindo-se à esposa de Cid, Fátima Sampaio. Durante o programa, Nélio relembrou momentos de esperança nos quais Cid demonstrava vontade de voltar para casa. “Ele queria voltar para casa. Dizia: ‘Vamos, menino, brincar de casinha por mais um dia’”, contou.
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A esposa de Cid, Fátima Sampaio, emocionada, falou sobre os últimos dias ao lado do marido. “Passei os últimos dias aqui com ele, não tinha outro lugar que eu poderia estar. Ele dizia estar cansado, não contei para ninguém para garantir sua privacidade e confortá-lo. Mas ele estava lúcido até o fim”, revelou. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento do jornalista.
Com uma carreira que começou no rádio, Cid Moreira se destacou pela sua voz inconfundível e presença carismática. Nascido em Taubaté, São Paulo, ele começou fazendo imitações em festas regionais, o que o levou a ingressar na Rádio Difusora de Taubaté em 1947. Ao longo dos anos, passou por importantes rádios, como a Rádio Bandeirantes, em São Paulo, e a Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, onde ganhou notoriedade ao gravar comerciais e apresentar programas humorísticos.
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A transição para a televisão aconteceu em 1956, quando Cid passou a apresentar comerciais ao vivo e a atuar em programas de TV. Porém, foi como locutor de noticiários, especialmente a partir de sua estreia no Jornal de Vanguarda, em 1963, que Cid Moreira começou a se consolidar como um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro. Em 1969, Cid foi escolhido para integrar a equipe do Jornal Nacional, o primeiro telejornal exibido em rede nacional no Brasil. Sua marcante voz e postura firme o tornaram um ícone do telejornalismo. Após 26 anos à frente do telejornal, Cid Moreira se despediu em 1990, deixando um legado que marcou gerações. Além de seu trabalho na TV, ele também se destacou como narrador de documentários e programas especiais.
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