O atual âncora do telejornal, William Bonner, prestou homenagem ao colega, relembrando momentos especiais que compartilhou com Cid nos bastidores da emissora
William Bonner relembra rotina de Cid Moreira e revela curiosidade sobre aquecimento vocal do apresentador
Nesta quinta-feira (3), o jornalismo brasileiro perdeu Cid Moreira, um dos maiores ícones da televisão, que apresentou o Jornal Nacional por 26 anos, desde sua estreia, e o atual âncora do telejornal, William Bonner, prestou homenagem ao colega, relembrando momentos especiais que compartilhou com Cid nos bastidores da emissora.
Entre as memórias, Bonner revelou como Cid aquecia a voz, conhecida e admirada por milhões de brasileiros. “Ele tinha dois jeitos de aquecer a voz. Primeiro, ele fazia um barulho. Esse barulho nos corredores da Globo era um sinal de que ele estava se aproximando”, contou Bonner, mencionando a presença marcante do apresentador nos bastidores.
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O âncora do Jornal Nacional também destacou um exercício vocal único de Cid, que impressionava a todos: “Ele também tinha um exercício vocal que era um canto, cujo verso dizia: ‘É o Rei Saravá Nagô.’ Ele sustentava a última sílaba num grave que fazia tremer o local em que ele se encontrava. Ninguém era capaz de fazer isso, só o Cid Moreira com a voz mais maravilhosa que a TV brasileira já teve”, relembrou Bonner.
O jornalista, que tratava de problemas renais crônicos, estava internado em um hospital em Teresópolis, no Rio de Janeiro, após ser diagnosticado com pneumonia. Fátima Sampaio, viúva do comunicador, revelou que decidiu manter a internação de Cid em segredo para preservar sua privacidade, com a esperança de que ele pudesse se recuperar e voltar para casa. “Não contei para ninguém para manter a privacidade dele, esperando que ele fosse voltar para casa. Fiz meu melhor como ser humano. Temos quase 25 anos juntos, não é brincadeira, é uma história e tanto”, contou ela.
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Fátima, que ficou ao lado do marido durante toda a internação, revelou que apenas na noite de quarta-feira (2), Cid não a reconheceu. “Passei um mês acampada aqui, não tinha outro lugar para estar. A gente vinha lutando, a idade não é fácil, ela chega para todo mundo”, desabafou.
Em meio à dor, Fátima também compartilhou os desejos do marido para sua despedida. Cid Moreira pediu para ser enterrado em Taubaté, sua terra natal, ao lado de sua primeira esposa, filha e neto. “Ele falou para mim que quer ser enterrado em Taubaté, quer ficar perto da primeira esposa, da filha que foi, do neto que foi. Já conversei com os parentes dele. Pensei em fazer uma despedida aqui em Petrópolis ou no Rio, e depois ir para a terra natal dele”, revelou.
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