As vendas da indústria de veículos no Brasil alcançaram, em outubro, o melhor desempenho dos últimos dez anos. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram emplacados 264,9 mil veículos, incluindo carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, representando um aumento de 21,6% em comparação a outubro de 2024 e 12,1% em relação a setembro. Esse volume colocou o Brasil na quinta posição global em vendas da indústria automobilística, ultrapassando a Alemanha, que registrou 232 mil emplacamentos no mês passado.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, destacou que, apesar do aumento das vendas, a produção ainda não acompanha o ritmo devido ao crescimento das importações. Em outubro, a produção foi de 249 mil unidades, uma alta de 8,3% em relação a setembro e 24,7% em comparação ao mesmo período de 2023. As exportações também cresceram, com destaque para mercados como Colômbia, Chile, Argentina, Equador e México.

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As importações mantiveram um crescimento expressivo, alcançando 47 mil unidades em outubro, um aumento de 10,4% em relação a setembro. A China se destacou, representando 25% das vendas de veículos importados no Brasil, com 10,7 mil unidades vendidas em outubro. Nos primeiros dez meses de 2023, as vendas de veículos chineses no país somaram 26.052 unidades, mas no mesmo período deste ano, esse número saltou para 93.621, uma alta de 259%.

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Diante dessa crescente presença de veículos importados, especialmente os chineses, as montadoras nacionais pressionam o governo para antecipar o aumento da alíquota de importação de 18% para 35%, prevista para ocorrer nos próximos dois anos. O objetivo é incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil. As montadoras já planejam investir R$ 130 bilhões até 2030 em pesquisa e produção de veículos híbridos e elétricos.

O cenário de importações crescentes levanta preocupações entre as montadoras locais, que buscam medidas de proteção e estímulo para enfrentar a competição externa, principalmente da China.

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