O Ceará pode enfrentar uma pré-estação de chuvas com precipitações abaixo da média histórica nos próximos meses. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), há 45% de probabilidade de chuvas abaixo do esperado durante dezembro, janeiro e fevereiro. A previsão sazonal climática, elaborada pelo pesquisador Francisco Vasconcelos Júnior, também aponta 35% de chance de acumulados dentro da média e apenas 20% de probabilidade de chuvas acima da normal climatológica.

A principal razão para as condições desfavoráveis é a temperatura do Oceano Atlântico. No Hemisfério Norte, o mar está mais quente, enquanto no Sul – onde está o Ceará – a água está mais fria. Esse desequilíbrio térmico pode afastar sistemas de chuvas que, normalmente, beneficiariam o Estado.

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A nota técnica da Funceme explica que o aquecimento significativo no Atlântico Norte tende a reposicionar a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) – um dos principais indutores de chuvas no Ceará – para mais ao norte de sua posição média, afastando-a da costa nordestina. Segundo a Funceme, o calor acumulado no Atlântico Norte pode persistir até o início de 2025, mantendo o cenário climático desfavorável para chuvas no território cearense.

Chuvas abaixo da média são previstas para o Ceará na pré-estação

A ZCIT é fundamental para a formação de nuvens e chuvas na região, mas depende diretamente das condições térmicas do Atlântico. Com a expectativa de menor atividade deste sistema, o Ceará pode vivenciar um período mais seco do que o habitual na pré-estação chuvosa.

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Diante dessa previsão, autoridades e gestores já são alertados para a importância de planejar ações de mitigação, especialmente em áreas onde a escassez de água pode causar maiores impactos sociais e econômicos. A Funceme seguirá monitorando as condições climáticas e atualizando suas previsões para orientar a população e o poder público.

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