Teóphilo foi citado na delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro,
General cearense Estevam Teóphilo é citado em plano de golpe e assassinato de Lula
O general Estevam Teóphilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter), foi citado em decisão judicial que deflagrou nesta terça-feira a operação “Contragolpe”, conduzida pela Polícia Federal (PF). A ação investiga um grupo de militares acusados de planejar um golpe de Estado e o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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Segundo a decisão, tornada pública pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, Teóphilo teria se reunido em dezembro de 2022 com o ex-presidente Jair Bolsonaro para discutir apoio militar ao golpe. Mensagens extraídas do celular do tenente-coronel Mauro Cid detalham o encontro e revelam discussões sobre a chamada “minuta do golpe” — um decreto que previa intervenção no Judiciário para impedir a posse de Lula e convocar novas eleições.
De acordo com as investigações, o general cearense teria concordado em apoiar o plano golpista, desde que Bolsonaro assinasse o decreto. As mensagens também sugerem que o ex-presidente estava revisando o texto do documento, considerado ilegal e inconstitucional.
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Investigações anteriores e depoimento à PF
Estevam Teóphilo já havia sido citado em fevereiro de 2024, no âmbito da operação “Tempo Veritatis”, que investigava a atuação de militares em tentativas de abolição do Estado Democrático de Direito. Na época, ele foi apontado como responsável por organizar as Forças Especiais do Exército, conhecidas como “Kids Pretos”, com o objetivo de prender Alexandre de Moraes, segundo depoimentos e documentos obtidos pela PF.
Teóphilo foi citado na delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e prestou depoimento em 23 de fevereiro na sede da Polícia Federal do Ceará, em Fortaleza. Durante cinco horas de interrogatório, ele respondeu sobre sua suposta participação nos planos golpistas.
Operação Contragolpe
A operação “Contragolpe” é mais um desdobramento das investigações sobre os atos antidemocráticos que culminaram na invasão dos Três Poderes em janeiro de 2023. A decisão divulgada nesta terça-feira reforça o envolvimento de militares de alta patente no planejamento de ações que buscavam subverter a ordem constitucional.
Até o momento, a defesa do general Estevam Teóphilo não se manifestou sobre as novas acusações. O caso segue em sigilo parcial, mas novas informações podem surgir com o avanço das investigações.
A situação evidencia o impacto das apurações sobre figuras-chave das Forças Armadas e ressalta a gravidade dos eventos que ameaçaram o Estado Democrático de Direito no Brasil.
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