A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Saúde (SMS), deu início nesta sexta-feira (22/11) à Operação Inverno 2024/2025, uma iniciativa que já está em seu nono ano e visa combater as arboviroses – como dengue, zika e chikungunya – causadas pelo mosquito Aedes aegypti. As ações, que se estenderão de novembro a fevereiro, chegam em um momento estratégico para preparar a cidade para a quadra chuvosa, período em que os casos dessas doenças costumam aumentar.

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De acordo com Noélio Rodrigues, coordenador de Vigilância e Saúde, a Operação Inverno se tornou fundamental para manter Fortaleza sem epidemias de dengue há 12 anos. “Desde 2015, trabalhamos com antecedência para enfrentar o período das chuvas e reduzir os riscos dessas doenças sazonais. Este ano, identificamos 48 bairros com altos índices de infestação, sendo Aerolândia, Alto da Balança e São João do Tauape os primeiros a receber nossas intervenções”, explicou.

A estratégia começa com o mapeamento das áreas mais afetadas, seguido de visitas domiciliares realizadas pelos agentes comunitários de endemias (ACE). Os profissionais identificam criadouros do mosquito, orientam moradores sobre práticas de prevenção e, quando necessário, utilizam larvicidas biológicos para conter os focos. Para 2025, a expectativa é alcançar cerca de 13 mil imóveis nos bairros prioritários, beneficiando mais de 20 mil pessoas somente nas primeiras etapas da operação.

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Daniel Santiago, agente de endemias, destacou a importância do engajamento dos moradores. “O combate ao mosquito depende da colaboração da população. Dedicando apenas 15 minutos diários para verificar locais com água parada, é possível evitar novos casos e proteger a saúde de todos.”

Moradores da Aerolândia, como o metalúrgico Laércio Rodrigues, reconhecem a importância da ação. Após contrair dengue há dois anos, ele intensificou os cuidados em casa, especialmente após o nascimento de sua neta, Malu, de oito meses. “Essas visitas são fundamentais, principalmente para quem tem crianças. Com essa orientação, nos sentimos mais confiantes para cuidar da saúde da família”, afirmou.

Já o marceneiro Alencar Pereira, que ainda convive com as sequelas da chikungunya contraída há cinco anos, tornou-se um exemplo de prevenção em sua comunidade. “A operação é uma segurança para nós. Depois do que passei, mantenho tudo limpo e também ajudo meus vizinhos a evitar criadouros”, contou.

A Operação Inverno tem sido um marco no combate às arboviroses em Fortaleza. Além de eliminar criadouros do mosquito em residências, a iniciativa promove a integração entre diversos órgãos públicos municipais, ampliando a abrangência das ações para locais de maior risco de infestação.

A meta para 2025 é consolidar os resultados alcançados nos últimos anos, mantendo Fortaleza como referência no controle dessas doenças no Nordeste. Para isso, a parceria com a população será essencial. Como reforçou Noélio Rodrigues, “a prevenção começa em casa, mas o esforço coletivo é o que faz a diferença”.

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