A residência contava com piscina, deck panorâmico, geladeiras de cerveja e decorações natalinas
Polícia descobre mansão de traficante cearense no Rio de Janeiro com piscina e poster de série
Uma operação policial na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, revelou detalhes luxuosos da vida de um traficante cearense que se esconde no estado. Durante a ação, de acordo com a polícia, foi identificada uma mansão atribuída a Anastácio Paiva Pereira, conhecido como “Doze” ou “Paizão”. Anastácio é um dos principais nomes de uma facção carioca com atuação no Norte do Ceará, e é considerado perigoso pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
A residência contava com piscina, deck panorâmico, geladeiras de cerveja e decorações natalinas. Além disso, os policiais encontraram um poster da série “Breaking Bad”, que narra a história de um professor de química que entra para o mundo do tráfico de drogas. Anastácio, que também é chamado de “Paizão”, estava ausente no momento da abordagem e segue foragido.
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Na mesma região, foi localizada outra mansão, pertencente a José Mário Pires Magalhães, o “ZM”. Ele é apontado como a maior liderança da facção carioca no Ceará e teria ajudado membros da organização a se esconderem no Rio de Janeiro.
A operação na Rocinha, realizada na terça-feira (17), foi planejada para localizar e capturar ao menos 34 foragidos da Justiça cearense, além de suspeitos de outros estados. A ação envolveu cerca de 400 policiais e contou com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro.
Ao chegarem à localidade, os policiais foram recebidos com tiros de armas de grosso calibre, incluindo fuzis Ponto 50, utilizados para derrubar aeronaves. Durante a troca de tiros, um suspeito identificado como “Playboy” foi morto. Ele seria o principal segurança de John Wallace da Silva Viana, conhecido como “Johny Bravo”, chefe do tráfico na comunidade. Outros criminosos fugiram para a mata, incluindo Anastácio e José Mário. As buscas resultaram na apreensão de 40 kg de pasta base de cocaína, diversas armas de fogo e outros materiais.
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De acordo com as investigações, os foragidos utilizavam as favelas cariocas não apenas como refúgio, mas também como centros de comando. Daí, eles emitiam ordens para execuções e organizações logísticas do tráfico de drogas no Ceará. Também foi constatado que membros da facção no bairro Pirambu, em Fortaleza, estão escondidos no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
A operação contou com a colaboração do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Ceará e do Rio de Janeiro. O trabalho integrado foi fundamental para localizar os esconderijos e planejar a ação na comunidade da Rocinha.
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