Jericoacoara, um dos destinos turísticos mais famosos do Brasil, foi palco de uma tragédia que abalou o país. Henrique Marquez de Jesus, de apenas 16 anos, foi encontrado morto na Lagoa do Paraíso, na tarde de quarta-feira (18). O adolescente, natural de Santos, em São Paulo, estava desaparecido desde a madrugada de segunda-feira (16). Segundo a mãe da vítima em entrevista à Record, Amanda Aparecida Marques, o filho Henrique foi asfixiado e jogado na lagoa, onde seu corpo foi encontrado com marcas que podem ser lesões ou mordidas de peixes.

“Ele foi asfixiado e jogado em uma lagoa. A gente recebeu um vídeo em que dá pra ver os furos, mas não sabemos se foram lesões ou mordidas de peixes na água”, lamentou Amanda. A mãe, que viu o filho ser retirado do ambiente onde morava para evitar influências negativas, acredita que o crime foi motivado por um gesto feito por Henrique em fotos publicadas nas redes sociais. O gesto, associado a uma facção criminosa local, teria desencadeado o ataque. “A gente acredita que foi isso mesmo: vingança pela simbologia do gesto.”

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A família questiona a falta de segurança no local, considerado um dos mais seletos e tranquilos destinos turísticos do Ceará. Imagens de câmeras de segurança mostram Henrique sendo arrastado por sete homens pelas ruas da vila antes de desaparecer. O caso choca não apenas pela brutalidade, mas também pelo perfil da vítima. “Se fosse um moleque de rua, a gente já esperava o pior. Mas ele não era. Ele gostava de estudar, de praia. Não fazia parte de facção nenhuma, disse a tia, Sônia Martins dos Reis. “A única coisa que eu quero, do governador do Ceará, é justiça.”

A tia também apontou as contradições da segurança no local. “Dizem que o lugar é tranquilo, mas cadê a segurança? Tudo é caro lá, tem que pagar pra entrar. Como isso aconteceu?”

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Henrique estava em Jericoacoara há uma semana, acompanhado do pai, Danilo Martins de Jesus. Na noite do desaparecimento, ele voltou sozinho ao hotel para recarregar o celular e descansar. Contudo, quando Danilo retornou ao quarto, não encontrou o filho e iniciou as buscas imediatamente.

Além das imagens de segurança, as investigações apontam para uma possível relação entre o gesto capturado nas fotos e o envolvimento de facções criminosas. Segundo a família, Henrique não tinha conhecimento do significado do gesto em território cearense, onde facções criminosas utilizam a simbologia para se identificarem.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) informou que as investigações estão sendo conduzidas pela Delegacia de Jijoca de Jericoacoara e que medidas estão sendo tomadas para identificar os responsáveis pelo crime.

A família de Henrique está organizando uma vaquinha para arcar com os custos do traslado do corpo para Santos, estimados em R$ 13 mil. Quem quiser ajudar pode enviar contribuições para a chave Pix rayssamj17@gmail.com.

Enquanto as investigações continuam, o Brasil acompanha comovido a luta da família por justiça. O caso expõe não apenas o impacto devastador do crime organizado, mas também a necessidade urgente de maior segurança em destinos turísticos renomados como Jericoacoara.

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