Conforme o estudo, a contaminação é um risco para a saúde dos moradores e visitantes e pode comprometer a reputação da vila como um destino turístico sustentável
Pesquisa do IFCE indica níveis perigosos de contaminação na água de Jericoacoara
Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Federal do Ceará (IFCE) identificou níveis elevados de contaminação por nitrato na água de Jericoacoara, no litoral cearense. A pesquisa aponta que as concentrações da substância superam em 11 vezes o limite estabelecido pela legislação brasileira para águas potáveis em poços particulares e ultrapassaram em 6 vezes o limite na água distribuída localmente.
O estudo, que foi desenvolvido ao longo de 14 meses, aponta que a principal fonte dessa contaminação é o efluente da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que desde 2009 dispensa o material tratado diretamente no solo arenoso da região.
O nitrato em níveis elevados é um risco à saúde pública, podendo causar metemoglobinemia em bebês, conhecida como síndrome do bebê azul, e estar associado ao aumento do risco de certos tipos de câncer em adultos.
Os dados estão disponíveis na pesquisa “Groundwater nitrate pollution: Assessment of an invisible risk in a northeastern Brazilian coastal paradise”, cuja tradução livre para o português é: “Poluição de águas subterrâneas por nitrato: Avaliação de um risco invisível em um paraíso costeiro do nordeste brasileiro”. Ela foi feita pelos pesquisadores Jardielen Chaves Sousa, Cassiano Ricardo de Souza, sob orientação de Edmo Montes Rodrigues, todos vinculados ao campus de Camocim do IFCE.
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Com mais de 1,6 milhão de visitantes anuais, Jericoacoara depende fortemente do turismo. Ainda conforme o estudo, a contaminação das águas subterrâneas não só representa um risco para a saúde dos visitantes, mas também pode comprometer a reputação da vila como um destino turístico sustentável.
A pesquisa sugere que sejam efetivadas melhorias urgentes no sistema de saneamento, destacando ainda a necessidade de continuar monitorando a qualidade da água após essas mudanças, para garantir a segurança e a saúde da população local e dos visitantes.
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