O preço da cesta básica em Fortaleza teve uma alta significativa em dezembro de 2024, registrando inflação de 1,48% em relação ao mês anterior. Com isso, o custo total dos 12 itens essenciais alcançou R$ 673,77, o que pressionou ainda mais o orçamento dos trabalhadores da capital cearense.

Para adquirir a cesta básica, um trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou dedicar 104 horas e 59 minutos de sua jornada mensal, um aumento em comparação com novembro, quando o tempo necessário era de 103 horas e 27 minutos. O impacto foi ainda maior para famílias com dois adultos e duas crianças, cujo gasto com alimentação básica chegou a R$ 2.021,31 no último mês do ano.

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Os principais responsáveis pelo aumento foram o café (6,09%), a carne (5,69%) e o óleo (2,84%), que apresentaram as maiores variações entre os produtos da cesta. Apesar disso, alguns itens, como tomate (-5,97%), açúcar (-2,66%) e feijão (-1,13%), ajudaram a conter uma alta ainda mais expressiva.

Ao longo de 2024, o custo da cesta básica em Fortaleza oscilou. Embora tenha apresentado uma redução semestral de -3,38% em comparação com junho, o acumulado de 12 meses revelou um aumento de 6,88%.

Produtos com aumento de preços:

• Café: +6,09%
• Carne: +5,69%
• Óleo: +2,84%
• Farinha: +1,30%
• Leite: +1,03%
• Pão: +0,76%
• Manteiga: +0,39%

Produtos com redução de preços:

• Tomate: -5,97%
• Açúcar: -2,66%
• Feijão: -1,13%
• Arroz: -0,55%
• Banana: -0,37%

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Mesmo com valores menores do que os registrados em outras capitais como São Paulo (R$ 841,29) e Florianópolis (R$ 809,46), o custo da alimentação básica em Fortaleza comprometeu 51,59% do salário mínimo líquido (R$ 1.306,10). A situação reforça a necessidade de um reajuste salarial mais significativo, uma vez que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) estima que o mínimo necessário para atender às necessidades básicas de uma família deveria ser de R$ 7.067,68, cerca de cinco vezes o piso atual de R$ 1.412,00.

A alta no custo dos alimentos em Fortaleza reflete não apenas os desafios locais, mas também a influência de fatores nacionais, como a instabilidade climática, a valorização do dólar frente ao real e o aumento da demanda por produtos essenciais.

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