Trump justificou seu interesse pela Groenlândia afirmando que o território é vital para a segurança dos Estados Unidos
Entenda por que Trump quer controlar a Groenlândia
Prestes a iniciar seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump voltou a gerar controvérsias ao declarar, nesta terça-feira (7), que pretende anexar a Groenlândia, retomar o controle do Canal do Panamá, incorporar o Canadá aos EUA e até renomear o Golfo do México. As declarações foram feitas em uma coletiva realizada no resort de Mar-a-Lago, na Flórida.
Trump justificou seu interesse pela Groenlândia afirmando que o território é vital para a segurança nacional dos Estados Unidos, mas especialistas indicam que a motivação pode ir além de questões militares. A ilha, que pertence à Dinamarca, possui uma abundância de recursos naturais, como metais de terras raras, petróleo e gás natural. Esses recursos poderiam se tornar mais acessíveis com o derretimento das geleiras causado pelas mudanças climáticas.
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A importância estratégica da Groenlândia
A Groenlândia, maior ilha do mundo e lar de cerca de 56 mil habitantes, ocupa uma posição geopolítica crucial. Situada entre os EUA e a Europa, a ilha é vista como um ponto estratégico para conter potenciais ameaças da Rússia, especialmente devido à proximidade com a rota marítima da Passagem do Noroeste e à região conhecida como lacuna Groenlândia-Islândia-Reino Unido, estratégica para o monitoramento de submarinos e mísseis intercontinentais.
Os EUA já operam uma base aérea na ilha, conhecida como Aeroporto de Thule ou Pituffik, que desempenha um papel importante na defesa antiaérea e no monitoramento de atividades russas no Ártico.
Além das vantagens militares, a Groenlândia também abriga petróleo, gás natural e outros recursos valiosos. Entretanto, a exploração desses recursos enfrenta forte resistência das comunidades indígenas locais, além de entraves ambientais e burocráticos impostos pela Dinamarca.
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Interesse de Trump pela Groenlândia
Essa não é a primeira vez que Trump manifesta interesse em adquirir a Groenlândia. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), ele chegou a propor formalmente a compra da ilha, recebendo uma resposta categórica das autoridades locais: “A Groenlândia não está à venda”.
Uma possível incorporação aos EUA, segundo especialistas ouvidos pela agência Reuters, seria altamente improvável, mesmo que o território optasse pela independência em um referendo.
Os planos de Trump foram recebidos com ceticismo e críticas tanto em nível nacional quanto internacional. Ulrik Pram Gad, pesquisador sênior do Instituto Dinamarquês de Estudos Internacionais, destacou que a Groenlândia há muito tempo é considerada essencial para a segurança dos EUA, mas qualquer tentativa de anexação sem um consenso político seria malvista.
Trump afirmou que pretende usar a força econômica dos Estados Unidos para atingir seus objetivos, recorrendo a sanções econômicas ou ao aumento de tarifas comerciais, caso necessário. As declarações reacenderam debates sobre imperialismo e as ambições do republicano para seu segundo mandato.
Enquanto isso, a Dinamarca e a Groenlândia permanecem firmes em sua posição de que o território não está à venda, deixando no ar os desdobramentos dessa nova tentativa de Trump de expandir as fronteiras americanas.
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