Um professor de uma escolinha de futebol em Sobral, município do interior do Ceará, foi condenado a 414 anos e três meses de prisão por estuprar 15 crianças e adolescentes entre 8 e 13 anos. Os crimes ocorreram entre abril e junho de 2024, e o acusado, Neilton Gomes da Silva Melo, de 38 anos, foi preso em junho do ano passado enquanto tentava fugir para o Rio Grande do Norte. O julgamento do professor da escolinha ocorreu em 19 de dezembro de 2024.

“O Juízo do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Sobral condenou um professor de uma escolinha de Futebol no Município de Sobral a 414 anos de prisão em regime fechado, sem o direito de recorrer em liberdade, pelo crime de estupro de vulnerável em relação a 15 menores de idade”, declarou o Tribunal de Justiça do Ceará.

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Neilton, que gostava de ser chamado de “padrinho”, utilizava sua posição como professor da escolinha de futebol, localizada no bairro Sinhá Sabóia, para ganhar a confiança dos alunos e de seus pais. Ele buscava as crianças em suas casas, oferecendo um ambiente seguro que rapidamente se transformou em um local de abuso. Para manipular ainda mais suas vítimas, criou um “programa de pontos”, onde recompensava atos sexuais com prêmios como celulares e bicicletas. O promotor de Justiça Rodrigo Calzavara destacou que o acusado tinha plena consciência da idade das vítimas e se aproveitava de momentos em que ficava a sós com elas para cometer os abusos.

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A denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) levantou suspeitas de que esses não foram os primeiros crimes cometidos pelo professor, com indícios de abusos anteriores em Fortaleza e no bairro Residencial Nova Caiçara, em Sobral. O MP orientou que outras possíveis vítimas se apresentassem à polícia. “O acusado era professor de futebol de todas as vítimas e tinha plena consciência de que eram menores de idade, mas, mesmo assim, aproveitava-se de momentos em que ficava com eles a sós, ou na presença uns dos outros, para praticar diversas vezes os abusos, ainda lhes atribuindo recompensas pela prática ou permissão dos atos”, relatou o titular da 6ª Promotoria de Justiça de Sobral, promotor de Justiça Rodrigo Calzavara. Segundo o promotor, algumas vítimas chegaram a receber ameaças de morte aos familiares caso contassem sobre os abusos.

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