O ataque ocorreu durante a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020
Trump concede perdão presidencial para 1.500 acusados pelo ataque ao Capitólio dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (20) uma ordem executiva concedendo perdão presidencial a cerca de 1.500 pessoas investigadas ou condenadas pelo ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A ação marca um dos movimentos mais controversos de seu governo e reacende o debate sobre a responsabilização pelo episódio que abalou a democracia norte-americana.
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O ataque, ocorrido durante a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020, deixou cinco mortos e centenas de feridos. Os manifestantes, incitados por alegações infundadas de fraude eleitoral promovidas por Trump, invadiram o Capitólio com o objetivo de interromper o processo legislativo.
Entre os beneficiados pela ordem presidencial estão líderes de grupos de extrema direita, como os Oath Keepers e os Proud Boys, cujos membros haviam recebido sentenças significativas por seu papel no ataque.
Durante um discurso realizado na Capital One Arena, Trump classificou os acusados presos como “reféns” e defendeu que os manifestantes agiram de forma legítima. “Eles não fizeram nada de errado”, afirmou o presidente diante de milhares de apoiadores. Ele garantiu que os perdoados deixarão a prisão ainda nesta segunda-feira.
A ordem executiva também inclui a instrução para que a Procuradoria-Geral dos Estados Unidos arquive todas as acusações pendentes relacionadas ao ataque, encerrando investigações e processos em curso.
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Durante sua campanha presidencial, Trump havia prometido que concederia anistia a alguns dos envolvidos no ataque ao Capitólio. Contudo, à época, ele sinalizou que nem todos seriam beneficiados. Com a assinatura da ordem, ele reforça seu compromisso com a base eleitoral que o apoia, mas enfrenta críticas severas de lideranças políticas e ativistas.
A decisão de Trump gerou forte polarização no cenário político norte-americano. Enquanto aliados celebram a medida como um “ato de justiça”, críticos, incluindo congressistas democratas e organizações de defesa da democracia, classificam o perdão como um ataque direto ao Estado de Direito.
Trump concede perdão presidencial para 1.500 acusados pelo ataque ao Capitólio dos EUA
“O presidente está minando décadas de esforços para responsabilizar aqueles que ameaçam nossa democracia. Este é um dia sombrio para os Estados Unidos”, declarou o senador Chuck Schumer, líder da maioria no Senado.
Por outro lado, apoiadores de Trump argumentam que a anistia é uma forma de corrigir o que consideram “injustiças” contra cidadãos que, segundo eles, apenas exerceram seu direito de protesto.
A decisão de conceder perdão a tantos envolvidos no ataque ao Capitólio deve intensificar o debate político em um momento de crescente polarização nos Estados Unidos. Para críticos, Trump estaria usando o poder presidencial para reforçar laços com sua base eleitoral mais radical, enquanto para apoiadores, ele estaria corrigindo o que consideram excessos da Justiça no tratamento dos envolvidos no ataque.
O perdão presidencial, no entanto, não encerra as discussões sobre a responsabilidade do próprio Trump no episódio. O ataque ao Capitólio continua sendo um dos eventos mais divisivos da história política recente do país, com implicações que ainda reverberam no tecido social e político dos Estados Unidos.
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