A paciente procurou atendimento médico no hospital municipal de Jucás no dia 27 de janeiro
Ceará registra caso de raiva humana após mulher ser mordida por “soim”
Uma mulher de 58 anos foi diagnosticada com raiva humana no município de Jucás, no interior do Ceará, após ter sido mordida por um sagui, popularmente conhecido como “soim”. De acordo com informações da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a paciente foi mordida em novembro de 2024. O diagnóstico foi confirmado na última semana pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/CE) e pelo Instituto Pasteur, de São Paulo.
A paciente procurou atendimento médico no hospital municipal de Jucás no dia 27 de janeiro, apresentando sintomas característicos da raiva humana, como náuseas, dificuldade de engolir e falar, além de hidrofobia (aversão à água). No dia seguinte, foi encaminhada para o Hospital São José (HSJ), referência em infectologia no Estado, onde recebeu o diagnóstico definitivo e segue internada.
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Este é o sétimo caso de raiva humana registrado no Ceará nos últimos 17 anos, sendo o quinto transmitido por saguis. O histórico de casos no Estado é o seguinte:
- 2008: 1 caso em Camocim (sagui)
- 2010: 2 casos, sendo 1 em Chaval (cão) e 1 em Ipu (sagui)
- 2012: 1 caso em Jati (sagui)
- 2016: 1 caso em Iracema (morcego)
- 2023: 1 caso em Cariús (sagui)
- 2025: 1 caso em Jucás (sagui)
Mulher é internada no Ceará com raiva humana após mordida de soim
A raiva humana é uma infecção viral grave causada pelo vírus rábico do gênero Lyssavirus. A transmissão ocorre principalmente através da mordida de animais infectados, como cães e gatos, mas também pode ser transmitida por primatas como os saguis. Os primeiros sintomas podem se assemelhar aos de uma gripe comum, incluindo febre baixa, mal-estar geral e dor de cabeça. À medida que a infecção progride, pode levar a complicações severas como encefalite e paralisia.
O período entre a mordida e o aparecimento dos sintomas pode variar, mas geralmente ocorre entre 30 e 45 dias. Uma vez que os sintomas neurológicos se manifestam, a doença é quase sempre fatal se não tratada imediatamente. O tratamento envolve a administração de vacina antirrábica e imunoglobulina humana antirrábica para neutralizar o vírus.
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Alerta e prevenção
O caso deixou o Estado em alerta, já que a raiva é uma doença letal. A Sesa reforça a necessidade de evitar contato com animais silvestres, que não podem ser vacinados. “As pessoas devem evitar manter contato, seja alimentando ou acariciando. Caso note algum deles com comportamento estranho e fora do bando, a Sesa ou o Setor de Controle de Zoonoses deve ser comunicado para realização da contenção correta”, explicou o epidemiologista Carlos Garcia, coordenador da Célula de Vigilância e Prevenção de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis (Cevep).
A presença de saguis em áreas urbanas pode aumentar o risco de transmissão da raiva, especialmente se esses animais forem portadores do vírus.
Além disso, as autoridades de saúde estão intensificando campanhas de vacinação em animais domésticos e orientando a população sobre os riscos associados ao contato com animais silvestres. A prevenção é fundamental para evitar que novos casos surjam e para proteger tanto os humanos quanto os animais.
A raiva é uma doença viral transmitida pela saliva de animais infectados, e sua prevenção se dá pela vacinação e pelo soro antirrábico. Em 2024, o Estado alcançou a meta de vacinar 2,5 milhões de animais, sendo 1,5 milhão de cães e mais de 900 mil gatos. A imunização é a principal forma de proteção contra a doença.
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