GERAÇÃO NEM NEM

Ceará reduz taxa de jovens que não trabalham e nem estudam, aponta Ipece

Dados do Ipece revelam uma redução de 6,6% em relação ao mesmo período de 2023 e uma queda ainda mais expressiva de 8,1% quando comparado ao terceiro trimestre de 2019

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13 de fevereiro de 2025

Portal GCMAIS

A proporção de jovens cearenses entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, conhecidos como “Nem Nem”, apresentou queda no terceiro trimestre de 2024. Dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) revelam uma redução de 6,6% em relação ao mesmo período de 2023 e uma queda ainda mais expressiva de 8,1% quando comparado ao terceiro trimestre de 2019.

Ceará reduz taxa de jovens que não trabalham e nem estudam, aponta Ipece

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Segundo o Boletim Trimestral da Juventude, a taxa de jovens “Nem Nem” no estado passou de 28,57% em 2019 para 28,11% em 2023 e 26,26% em 2024. O percentual do Ceará está abaixo da média do Nordeste (26,29%), mas ainda distante da média nacional, que é de 19,70%.

O estudo, assinado pelo analista de Políticas Públicas Vitor Hugo de Oliveira Silva, da Diretoria de Estudos Sociais (Disoc/Ipece), mostra que a redução ocorre em todas as faixas etárias analisadas.

Entre os jovens de 15 a 17 anos, houve um decréscimo de 33,3%, passando de 4,89% no terceiro trimestre de 2023 para 3,26% no mesmo período de 2024. Em comparação com 2019, a redução foi ainda mais significativa, chegando a 57,9% (de 7,75% para 3,26%).

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Ceará reduz taxa de jovens que não trabalham e nem estudam

Na faixa de 18 a 24 anos, a proporção caiu de 35,56% em 2019 para 34,88% em 2023 e 33,76% em 2024, representando uma queda de 3,2% no curto prazo e de 5,1% no longo prazo. Entre os jovens de 25 a 29 anos, a taxa também apresentou redução, passando de 30,59% em 2019 para 31,90% em 2023 e 29,42% em 2024, com quedas de 3,8% no longo prazo e 7,8% no curto prazo.

O levantamento também aponta variações por região. Fortaleza continua sendo a área com menor proporção de jovens “Nem Nem”, com um índice de 22,34% no terceiro trimestre de 2024. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o percentual é de 25%, enquanto no interior do estado chega a 28,47%.

Apesar das diferenças, todas as regiões apresentaram redução no longo prazo. Entre 2019 e 2024, a queda foi de 9,6% na RMF, 8,34% no interior e 6,89% na capital. No curto prazo, a RMF registrou uma redução mais expressiva, de 17,9%, enquanto as demais regiões apresentaram quedas menores.

O estudo, que contou com a colaboração de Rayén Heredia Peñaloza, também integrante da Disoc/Ipece, aponta que, apesar dos avanços, ainda é necessário melhorar a transição dos jovens para o mercado de trabalho e reduzir disparidades. Os pesquisadores destacam a importância de aprofundar estudos sobre educação e inserção profissional para garantir avanços mais significativos.

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