O dólar completou sua sétima sessão consecutiva de baixa frente ao real e encerrou esta quarta-feira cotado a R$ 5,6486 no mercado à vista, uma desvalorização de 0,47%. Esta é a menor cotação da moeda norte-americana desde 14 de outubro de 2024, quando fechou em R$ 5,5827. No acumulado das últimas sete sessões, a divisa registra queda de 3,52% e, no ano, um recuo expressivo de 8,58%.

Na B3, o dólar futuro para abril, atualmente o contrato mais líquido no Brasil, caiu 0,48% e foi negociado a R$ 5,6620 por volta das 17h06.

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Cotações do Dólar:

• Dólar Comercial: Compra: R$ 5,648 | Venda: R$ 5,648
• Dólar Turismo: Compra: R$ 5,707 | Venda: R$ 5,887

A desvalorização da moeda americana ocorre em meio à decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que manteve sua taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, conforme esperado pelo mercado. No entanto, os dirigentes do Fed sinalizaram a possibilidade de uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa até o final de 2025, o que reforçou a tendência de desvalorização do dólar globalmente.

Outro fator que influencia o cenário cambial é a atuação do Banco Central do Brasil, que anunciou dois leilões de linha simultâneos, com oferta total de até US$ 2 bilhões. A iniciativa visa conter a volatilidade do real e dar previsibilidade ao mercado. Além disso, outros dois leilões estão programados para amanhã, também com oferta de US$ 2 bilhões, para a rolagem do vencimento de 2 de abril.

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No cenário externo, a incerteza sobre os rumos da política monetária dos Estados Unidos tem mantido investidores cautelosos. Os retornos dos Treasuries americanos apresentaram alta moderada enquanto os mercados aguardavam mais informações sobre a posição do Federal Reserve. O foco esteve na divulgação do gráfico de pontos, que mostra as projeções dos dirigentes do banco central americano, e na entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell.

Paralelamente, os mercados acompanham as tensões geopolíticas na Europa Oriental. O preço do petróleo reduziu perdas após notícias de que a Rússia lançou ataques com drones contra a Ucrânia, um dia depois de um acordo de cessar-fogo limitado. Em resposta, as Forças Armadas ucranianas atacaram uma instalação de energia na região russa de Kuban, elevando as preocupações sobre um possível agravamento do conflito.

A conjunção desses fatores manterá os mercados atentos aos próximos desdobramentos da política monetária norte-americana, às decisões do Banco Central brasileiro e às tensões geopolíticas, que seguem impactando o câmbio e os investimentos globais.

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