Desde janeiro, famílias foram retiradas de suas casas danificadas pela obra. Governo não tem previsão de retorno
Casas danificadas por obra do metrô de Fortaleza permanecem interditadas
Basta chegar à rua Adarias de Lima, no bairro Moura Brasil, e facilmente se notam várias rachaduras nos muros e nas casas. Desde 30 de janeiro, 26 famílias foram retiradas de suas residências por questões de segurança, para viabilizar a obra da linha leste do Metrô de Fortaleza.
Os moradores foram colocados nas primeiras semanas em hotéis. Em seguida, receberam auxílio financeiro do consórcio responsável pela obra para custear um aluguel.
“Todos os moradores começaram a reclamar das rachaduras, né? A gente procurou a Defesa Civil do Estado e de Fortaleza”, relembra Adriano do Vale, morador da região e líder comunitário. Eles foram informados sobre a necessidade de uma auditoria, mas os órgãos nunca teriam feito o serviço. “A gente quer que eles tomem uma posição. Diga o que vai fazer, se vão ajeitar as casas, indenizar os moradores. A gente quer uma decisão”, enfatizou.
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A pandemia atrasou todo o cronograma de obras. Elas são retomadas aos poucos. Segundo o líder comunitário, quase nada foi feito desde janeiro. “Eles deram um prazo de 3 meses para ajeitar as casas e esse prazo [dura] até hoje. Já vai chegar um ano e eles não falam nada, não tomam uma posição”.
Sem prazo
Procurada, a Secretaria de Infraestrutura do Ceará informou em nota, que as 26 famílias retiradas de casa continuam recebendo assistência do consórcio responsável pelas obras da Linha Leste do metrô. Dessas, 25 recebem auxílio para pagamento de aluguel de imóveis na região. Apenas uma delas optou por continuar em uma pousada. A pasta reconheceu que o cronograma foi alterado por conta da pandemia. Não há previsão de retorno dos moradores.
Confira a matéria do Jornal da Cidade, da TV Cidade:
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