15 ASSINARAM CARTA AO PRESIDENTE

Governadores pedem a Bolsonaro diálogo com a China por vacina

Entre os políticos que assinaram a carta estão Camilo Santana, do Ceará, João Doria, de São Paulo, Romeu Zema, de Minas Gerais e Wellington Dias, do Piauí

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21 de janeiro de 2021
Antonio A. F. dos Santos

Um grupo de 15 governadores enviou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta quarta-feira (20), uma carta pedindo mais “diálogo diplomático” com a China e com a Índia para garantir o acesso a insumos para produção de vacinas contra a covid-19.

Governadores pedem a Bolsonaro diálogo com a China por vacina
Presidente Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

No texto, os políticos destacam que o estabelecimento das relações com os países vai ajudar na “premente necessidade de manutenção do fornecimento externo” dos produtos que são usados na fabricação dos medicamentos no país.

A carta foi protocolada pelo governador do Piauí, Wellington Dias, do Piauí. “O mesmo diálogo precisa ser estabelecido com o Governo da Rússia e da Índia para que possamos garantir o cronograma de vacinação com os imunizantes Conoravac, AstraZeneca e Sputinik”, escreveu dias em uma rede social após enviar o texto para o presidente.

Os governantes que assinaram o documento fazem parte do Fórum Nacional de Governadores. São eles: o governador do Alagoas, Renan Filho (MDB); do Amapá, Waldez Góes (PDT); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Pará, Helder Barbalho (MDB); da Paraíba, João Azevedo (Cidadania)/ de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB)/ do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); de São Paulo, João Doria (PSDB); e de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).

Produção de vacinas

O Instituto Butantan, em São Paulo, e a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, aguardam a chegada da China do produto conhecido como IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), que serve como base para a produção da CoronaVac e do imunizante desenvolvido pela AstraZeneca/Oxford.

O Governo Brasileiro também espera por autorização das autoridades indianas para importar um lote com 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford. A remessa já tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicação.

Os representantes dos laboratórios brasileiros temem que a demora no envio das cargas afete o ritmo da campanha de imunização no país. Nesta terça-feira (19), a FioCruz adiou de fevereiro para março a previsão de entrega das primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca que serão produzidas no Brasil.

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