Apesar das críticas, Eduardo Girão diz não ser favorável ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro
Eduardo Girão pede investigação sobre compras de leite condensado e elogia diálogo entre Governo do Ceará e União
No terceiro ano do mandato como senador da República, Eduardo Girão (Podemos) afirma que mantém sua independência em relação ao Governo Federal. Em entrevista ao Grupo Cidade de Comunicação, o parlamentar cobrou investigação sobre o desembolso de R$ 15 milhões para compra de leite condensado em 2020, executado pelo Palácio do Planalto.
“Isso tem que ser aberto em planilha e estamos cobrando isso hoje, inclusive. Estamos atentos também ao Portal da Transparência, que saiu do ar”, afirma.
Apesar das críticas, Eduardo Girão diz não ser favorável ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro, defendido pela oposição e alguns setores. Na terça-feira (26), lideranças religiosas se juntaram ao grupo que pede a saída do líder do Executivo. “Eu sou contra. Isso é um tumulto à democracia do país. E sem motivo, eu não vejo crime de responsabilidade”, disse.
Após ser eleito em 2018, o senador afirmou que iria apoiar o Governo Federal nas pautas favoráveis à criminalização do aborto, e contra a “ideologia de gênero”, defendidas publicamente pelo presidente Bolsonaro. “Eu tenho valores de vida. Sou contra o aborto, liberação da maconha, a ‘ideologia de gênero’ é uma covardia com as nossas crianças. E tudo isso ele [Bolsonaro] também é contra”.
Uma única pauta de campanha em que não converge com o pensamento do presidente é a ampliação do porte de arma de fogo para a sociedade. Meses antes da eleição, quando morava nos Estados Unidos com a família, Eduardo Girão criticou projetos que facilitam o acesso às armas. Duas filhas do parlamentar presenciaram o ataque à Stoneman Douglas High School, que culminou na morte de 17 alunos. Para o senador, foi o único ponto que dificultou o apoio ao então candidato à Presidência da República.
Crítico ferrenho da gestão do governador Camilo Santana, Girão elogiou o diálogo do Estado com a União. “Eu tenho que parabenizar isso. Embora tenham visões de mundo diferentes, eles estão dialogando”, diz ao GCMAIS.
Confira entrevista exclusiva ao GCMAIS:
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