NÚMEROS DA PANDEMIA

Meireles e Aldeota concentram a maior parte dos casos de covid-19 de janeiro

Apesar disso, as infecções pelo coronavírus já começam a apresentar concentrações preocupantes em diversos locais

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6 de fevereiro de 2021
Márcia Catunda

A Regional II de Fortaleza é a que mais concentra casos confirmados de covid-19 do mês de janeiro. A informação é do último boletim da Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza, que foi publicado na sexta-feira (5). Meireles e Aldeota são os bairros que concentram a maior parte dos casos.

Meireles e Aldeota concentram a maior parte dos casos de covid-19 de janeiro
Foto: Divulgação

No acumulado desde o início da pandemia, a Regional II já registrou 20.069 casos da doença. Destes, 3.668 são do Meireles e 3.343 da Aldeota.

Segundo os dados divulgados, estes bairros com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Fortaleza são os que mais apresentaram casos de covid-19 em outubro, novembro e dezembro. Em janeiro de 2021, a tendência persistiu tanto na primeira quanto na segunda quinzena do mês.

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Porém, há uma tendência de espalhamento de casos na Cidade, caracterizando uma segunda onda. O boletim indica que, já no início de janeiro, diversos bairros de Fortaleza começaram a apresentar mais casos da covid-19, especialmente no bairro Presidente José Walter, na periferia da Cidade.

Na segunda quinzena, o vírus continuou se espalhando pela Capital e começa a apresentar aglomerados de casos em bairros como Itaperi, Messejana, e Vila Velha.

Óbitos

No acumulado desde o início da pandemia, a Regional I é a que mais sofreu com mortes pela covid-19. Bairros como Vila Velha, Barra do Ceará, Jardim Guanabara, Jardim Iracema, Álvaro Weyne, Cristo Redentor, Pirambu, Carlito Pomplona e Jacarecanga apresentam concentrações preocupantes de óbitos.

Quando se olha para os dados entre o final de dezembro e o início de janeiro, há uma discrepância entre o registro de casos e o número de óbitos. Apesar de a Regional II concentrar os registros de infecção pelo coronavírus, os aglomerados de mortes se espalham pela periferia da Cidade, com alta intensidade, especialmente, nos bairros José Walter e Planalto Ayrton Senna.

Faixa etária da covid

O boletim da Prefeitura também confirma que a população jovem é a que mais vem apresentando casos de infecção de covid-19. Pessoas na faixa etária entre 20 e 39 representam 47% dos casos de janeiro. Logo depois vêm a população entre 40 e 59 anos, 29%, idosos, com 14%, e crianças, que representam 10% dos infectados.

O governador Camilo Santana e o prefeito José Sarto já alertam, há algum tempo, sobre esses números predominarem entre a população mais jovem. Apesar de essa parcela dessa faixa etária ter menos riscos de contrair complicações da doença que leve a morte, são os jovens que mais se movimentam pela cidade e, muitas vezes, são responsáveis por espalhar o vírus aos grupos de risco.

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Os gestores ressaltam, constantemente, que o fato de jovens apresentarem mais casos de covid-19 está diretamente ligado com uma postura imprudente. “O que tem aumentado os casos no Ceará são as festas e aglomerações”, reforçou o governador na última terça-feira (2), durante o anúncio de mais medidas restritivas para a Capital. Além do encerramento de diversas atividades mais cedo, o poder público também vem reforçando a fiscalização para coibir eventos ilegais na Grande Fortaleza.

Os números da pandemia de Covid-19 na Capital

Desde outubro do ano passado, a curva de casos confirmados da covid-19 em Fortaleza cresce de forma acelerada. Apesar de uma pequena desaceleração em meados de dezembro, isso não se manteve e os números voltaram a subir, ganhando maior velocidade na segunda quinzena de janeiro. No acumulado, são 101.471 casos de infecção pelo coronavírus na Capital.

Já nos óbitos, o município registra 4.443 pessoas mortas por complicações da covid-19. Quando se analisa a curva da epidemia, desde o final de dezembro, Fortaleza muda o padrão do número de mortes e começa a sofrer um crescimento mais acelerado. Ainda está longe desses números serem tão intensos quanto foram no período mais crítico da pandemia, mas já se observa uma inclinação ascendente na curva de óbitos.

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