Em carta pública, gestores criticam ausência de ações no Governo Federal para reverter a segunda onda da pandemia de coronavírus
Covid-19: secretários pedem toque de recolher nacional
Em meio à segunda onda da pandemia de coronavírus, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) divulgou, nesta segunda-feira (1), uma carta com uma série de recomendações para os governos estaduais e Federal, para conter um possível colapso nas redes de atendimento. Entre as medidas, está a adoção de um toque de recolher nacional a partir das 20h até as 6h da manhã e durante os finais de semana.
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A entidade cobra maior rigor nas medidas de restrição de atividades não essenciais, considerando a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região.
Além do toque de recolher nacional, o CONASS recomenda:
– A proibição de eventos presenciais como shows, congressos, atividades
religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional;
– A suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país;
– O fechamento das praias e bares;
– A adoção de trabalho remoto sempre que possível, tanto no setor público quanto no privado;
– A instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual;
– A adoção de medidas para redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos;
– A ampliação da testagem e acompanhamento dos testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos;
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Os secretários reafirmaram a necessidade do reconhecimento do estado de emergência sanitária no país para a viabilização de recursos. Sem citar diretamente a União, os gestores criticam a ausência “de uma condução nacional unificada” para “reduzir as interações sociais que se intensificaram no período eleitoral, nos encontros e festividades de final de ano, do veraneio e do carnaval. O relaxamento das medidas de proteção e a circulação de novas cepas do vírus propiciaram o agravamento da crise sanitária e social, esta última intensificada pela suspensão do auxílio emergencial”.
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De acordo com o documento, assinado pelo presidente da instituição, Carlos Lula, é necessário um “Pacto Nacional pela Vida”, com participação de todos os poderes, sociedade civil, indústria, comércio, universidades e entidades religiosas para acompanhar as ações de combate ao coronavírus.
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