Quase metade das mortes entre estes trabalhadores aconteceram em Fortaleza
A cada 25 minutos, um profissional da saúde contrai covid-19 no Ceará
Se há quem compare a pandemia de covid-19 com uma guerra, os combatentes, com certeza, são os profissionais da saúde. São homens e mulheres que, há um ano, estão dedicando a vida na luta contra o coronavírus, cuidando e tratando de todos os cearenses, comemorando cada recuperação e lamentando cada morte.
Em contato direto com o vírus, são esses profissionais que correm mais risco de serem infectados. Até a noite da última segunda-feira (15), o boletim do IntegraSUS registrava 20.703 casos de trabalhadores da saúde que testaram positivo para a doença. Em média, a cada 25 minutos, um profissional da saúde contrai a covid no Ceará.
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A grande maioria dos casos foram registrados em Fortaleza. A Capital acumula 7.721 casos de covid em profissionais da saúde. No ranking das 5 cidades com mais trabalhadores infectados, Fortaleza é seguida por Sobral (961), Caucaia (747), Juazeiro do Norte (643) e Crato (459).
Entre eles, o grupo que mais foi diagnosticado com a doença foi o dos técnicos e auxiliares de enfermagem, com 5.690 casos. Confira a lista dos 4 grupos que mais testaram positivo para a covid-19:
Dos muitos que contraíram a doença, alguns acabaram não resistindo e morreram. Em média, a cada semana, um profissional da saúde morre no Ceará por conta da covid-19. Foram 52 óbitos neste ano de pandemia, sendo quase a metade só em Fortaleza (24 mortes).
Segundo os dados do IntegraSUS, a pandemia foi mais severa com estes trabalhadores entre abril e maio de 2020, durante o pico da primeira onda da covid-19 no Ceará. Com 26 mortes em apenas dois meses, o período foi responsável por metade dos óbitos de um ano da doença. Nestes primeiros meses de 2021, 12 trabalhadores da saúde morreram, com o mais recente registrado em 8 de março.
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Médicos foram os que mais sofreram em um ano, registrando 12 óbitos. Logo depois vêm os técnicos e auxiliares de enfermagem (12), os enfermeiros (6), condutores de ambulância (4) e agentes de combate a endemias (3).
Confira abaixo o gráfico que mostra a curva de mortes dos profissionais da saúde desde abril de 2020, quando foi registrado o primeiro óbito:
Vacinação nos profissionais da saúde
Para quem atua na linha de frente dessa batalha contra o vírus, a vacina é como um escudo. Tanto é que, em 18 de janeiro de 2021, quando as doses iniciais chegaram no Ceará, os primeiros a receberem o imunizante foram profissionais da saúde. O nome de Maria Silvana Souza dos Reis, uma técnica de enfermagem de 51 anos, entrou para a história do Ceará, inaugurando a vacinação em solo cearense.
“Trabalho na UTI Covid do hospital referência da doença; me sinto honrada e feliz, pela minha saúde, (a de) meus familiares e colegas de trabalho e por poder continuar ajudando os pacientes que precisam de cuidados”, disse Maria Silvana na ocasião. Além do cargo que ocupa no Hospital Leonardo Da Vinci, a mulher é esposa e mãe de três filhos. Ela trabalha há duas décadas na área da saúde e, desde o início da pandemia, acorda às 4h para compor a linha de frente do combate à covid.
Desde janeiro, o Governo do Ceará já aplicou as duas doses do imunizante em 61,36% dos profissionais da saúde. Recentemente, a Secretaria da Saúde expandiu os grupos de trabalhadores que podem receber a vacina e incluiu aqueles que lidam diretamente com secreções respiratórias.
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