O novo decreto foi recebido com surpresa e revolta pelo setor
Cerca de 30% das academias no Ceará fecharam durante a pandemia; setor não deve reabrir na segunda (12)
O setor de academias de exercícios físicos ficou de fora desta primeira fase da retomada econômica no Ceará. Segundo o novo decreto publicado pelo Governo do Estado, diversas atividades devem voltar a funcionar a partir de segunda-feira (12), mas as academias vão continuar com as portas fechadas.
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A notícia foi recebida com surpresa e revolta pelo setor. Segundo Sasha Reeves, diretora do Sindicato das Empresas de Condicionamento Físico do Estado do Ceará (Sindifit-CE), os representantes do setor vinham mantendo um contato com o Governo do Estado para colocar estas empresas no primeiro grupo da reabertura.
“As representações das empresas de condicionamento físico e profissionais se reuniram com o grupo técnico do Governo na terça-feira (6) dessa semana, para apresentar propostas para que a gente pudesse reabrir as academias na primeira fase”, afirma a diretora do Sindifit-CE.
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Ela afirma que entre as propostas que foram enviadas ao Governo estavam, além dos protocolos de segurança, a criação de um “selo da academia segura” e a solicitação de um auxílio financeiro para o setor. Porém, após a entrega dos ofícios com as propostas e demandas, Sasha Reeves diz que o Governo do Estado não enviou nenhuma resposta.
“Acreditamos que fomos desrespeitados, pois somos parte da solução do combate à pandemia, somos locais seguros”, afirma. “Todo o setor fica extremamente abalado, já que, em nenhum momento, depois dos ofícios que a gente mandou para o grupo técnico do governo, pedindo apoio financeiro ao setor, não obtivemos retorno”, diz a diretora do Sindifit-CE.
Ela lembra que o setor chegou a ser considerado uma atividade essencial pela Prefeitura de Fortaleza, mas não recebeu o mesmo apoio do Governo do Estado e precisou continuar fechado. Segundo Sasha Reeves, 30% das academias do Ceará já fecharam por conta das restrições impostas pela pandemia de covid-19 desde o ano passado.
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“A gente está em uma situação bastante grave e pedimos um esclarecimento com fatos e objetivos claros do porquê a gente não entrou na primeira fase”, conclui a diretora, acrescentando que as demais representações do setor estão alinhadas com esse discurso.
Durante o anúncio do novo decreto, no último sábado (10), o governador Camilo Santana voltou a destacar que todas as decisões tomadas pelo Governo são baseadas em orientações do Comitê de Combate à Pandemia.
“Nossas decisões todas são feitas com responsabilidade, com muito diálogo com todos os setores envolvidos, seguindo a ciência e avaliando diariamente os números da saúde no Estado. Há uma tendência na redução de casos e nos óbitos, mesma tendência em procura médica assistencial e de transmissão, mas os números ainda permanecem altos”, disse o governador.
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