BOAS AÇÕES

Com violão, técnica de enfermagem leva música para confortar pacientes de Covid-19

O encontro da técnica com o seu hobby começou há muito tempo, mas nunca impediu que trilhasse a sua paixão de cuidar de pessoas.

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15 de abril de 2021
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Todos os dias a técnica de enfermagem Luciana Pereira não sai de casa sem duas coisas: seus acessórios de trabalho e o seu violão. Apaixonada por música, ela tem encantado os pacientes da enfermaria Covid do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara, unidade da Secretaria da Saúde do Ceará. Há onze anos no hospital, Luciana encontrou na música uma forma de colocar em prática seu outro dom e de encantar os pacientes e familiares nos hospitais. Durante a pandemia, com a distância dos entes queridos, as cordas do violão se tornaram um acalento para os pacientes internados.

Com violão, técnica de enfermagem leva música para confortar pacientes de Covid-19
Foto: WhatsApp GCMAIS

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O encontro da técnica com o seu hobby começou há muito tempo, mas nunca impediu que trilhasse a sua paixão de cuidar de pessoas. Um dos lemas da profissional de saúde, que atua na linha de frente, é ‘quem canta, ora duas vezes’:

“Comecei quando entrei na igreja, tive vontade de tocar e me identifiquei muito com o violão. Fui convidada para fazer do grupo de louvor e fui trabalhando cada vez mais com esse dom. O violão tem sido meu companheiro diário. Eu testei positivo para o coronavírus no ano passado e ele foi meu refúgio. Eu me identifico muito com a música, tanto gospel como populares. Meu violão sempre anda no meu carro”, diz.

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De um hábito na igreja ou na roda de amigos foi um pulo para trazer o companheiro de todas as horas para o ambiente de trabalho. “Isso começou há uns cinco anos atrás com um grupo ecumênico que montamos durante os plantões. Tinham várias pessoas, de várias religiões. Nos reuníamos e fazíamos uma oração. Depois desse momento, saíamos nas enfermarias, cantando para o paciente e o acompanhante. Sempre fizemos homenagens também nas datas comemorativas”, pontua.

Mas a emoção maior foi quando viu os pacientes sozinhos, com uma doença até então misteriosa, e impedidos de receber visitas, seguindo o protocolo de segurança contra a Covid-19. Ela contou que foi neste momento que conseguiu perceber o poder da música.

“Na pandemia nós notamos a carência do paciente. Temos um retorno muito especial. Levamos um pouco de fé e esperança e recebemos isso de volta. Em um plantão recente o paciente pediu para ouvir determinada música e nós notamos como ele transformou o semblante após a canção. Eles choram, se emocionam. Acredito que a assistência não tem que ser apenas o cuidar, mas também utilizar da empatia”, afirma.

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