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Análise: 5 lições que o Fortaleza precisa tirar após a eliminação da Copa do Nordeste

Para voltar a ser um time competitivo, o Tricolor precisa rever alguns conceitos. Listamos algumas deles.

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25 de abril de 2021
Assistente de Redação Vídeo

Eliminado da Copa do Nordeste, o Fortaleza volta suas energias agora para a disputa Campeonato Cearense. No próximo sábado (1º), o time tem compromisso marcado diante do Caucaia, na Arena Castelão. O retorno das atenções ao Estadual ocorrerá sob nova direção técnica,  já que foi Enderson Moreira foi desligado da equipe após o jogo contra o Bahia. O novo treinador terá ainda pela frente outros dois compromissos importantes. No fim de semana, o Leão inicia a caminhada na Série A do Brasileirão. Em junho, o Tricolor terá pela frente o Ceará, na 3ª fase da Copa do Brasil. E aí, como o clube deve ser preparar para os próximos desafios que tem pela frente? Listamos 5 pontos que precisam ser revistos no clube, para que o time volte ser competitivo.

Análise: 5 lições que o Fortaleza precisa tirar após a eliminação da Copa do Nordeste
Fortaleza foi eliminado, após empate no tempo normal sem gols e derrota nos pênaltis por 4 a 2. Foto: Kely Pereira/AGIF

1) Definir uma forma de jogar da equipe

Um ponto crucial que precisa ser repensando é a forma de jogar da equipe. Desde a saída de Rogério Ceni no comando técnico, em novembro de 2020, o time vem sofrendo para voltar a ter atuações convincentes – semelhantes às do ciclo vitorioso do clube, simbolizado na conquista da Tríplice Coroa 2018/2019.

Nem Enderson Moreira e nem Marcelo Chamusca conseguiram reorganizar um padrão tático da equipe, que segue sem uma identidade de jogo definida. Hoje, o torcedor não tem clareza sobre como o time joga e qual o esquema tático utilizado: 4-4-2, 4-3-3 e 4-2-4 – este, consagrado por Ceni na temporada 2019.

Na temporada passada, a queda de rendimento quase resultou em rebaixamento (o time ficou fora do Z-4 apenas no critério de desempate de saldo de gols, melhor que o do Vasco, que acabou caindo para a Segundona). Em 2021, os problemas não mais os resultados em si, mas sim o futebol pragmático. O time conquista os três pontos em muitos momentos, porém com atuações bem questionáveis. Foi assim, por exemplo, na vitória por 1 a 0 sobre o Caxias, na 1ª fase da Copa do Brasil, em que o time triunfou, mas passou sufoco.

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Em que pese ter feito a melhor entre os 16 clubes que disputaram a 1ª fase da Copa do Nordeste, o Fortaleza não conseguiu passar confiança para a torcida. A impressão deixada é que o rendimento da equipe não estava à altura do histórico na competição.

Sem padrão tático bem estabelecido, o Fortaleza foi até seu limite técnico e tático. Apesar de a eliminação na Copa do Nordeste ter sido sacramentada no detalhe das cobranças de pênalti, durante os 90 minutos em que teve a chance de conquistar a classificação de forma direta, o time não conseguiu se impor e nem fazer por onde sair com a vitória. Pelo contrário.

O Bahia foi quem esteve mais perto de ficar com a vaga. Por isso, a definição do conceito de jogo, com variações que podem ser executadas durante a partida, é fundamental.

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2)Qualificar o elenco o quanto antes

Não é sobre quantidade de reforços, mas sobre buscar no mercado jogadores que venham prontos para assumir a condição de titular. Mais do que 11 titulares de bom nível, é necessário ter uma reposição no mesmo nível em cada posição para que o time não sinta tanto com eventuais desfalques por lesão e suspensão, que são inevitáveis. Em alguns setores, como o ataque, ter mais de uma opção imediata no banco de reservas é fundamental para ampliar o repertório de opções.

Levando em conta as peças atuais do elenco tricolor, reforços são bem-vindos em todas as posições: na zaga, nas laterais, no meio e também no ataque, de forma a preparar o time para os grandes desafios da temporada. Mesmo esbarrando na questão financeira e nas opções escassas no mercado, o olhar clínico na análise de desempenho pode orientar a comissão técnica e a diretoria a tomar escolhas com o melhor custo/benefício possível. A permanência na Série A passa por um elenco de peças de qualidade, em que seja possível tirar delas o seu melhor.

3) Dosar rodízios de atletas entre um jogo e outro   

Quando se disputam duas ou três competições com jogos em curto espaço de tempo, é natural que haja uma rodagem de peças de um jogo para outro. No entanto, as trocas precisam ser pontuais, de forma a preservar, de fato, quem apresentar um desgaste físico e que, portanto, necessite de um descanso.

No caso do Fortaleza, a fórmula que vinha sendo utilizada por Enderson Moreira, especialmente no início da temporada, passou do ponto ao promover seguidas trocas de até 8 jogadores de um jogo para outro. Com tantas mudanças e até mesmo pela falta sequência para os jogadores, o time não conseguiu render em alto nível. Com isso, o time chegou na semifinal da Copa do Nordeste ainda sem um time bem definido, o que dificulta o entrosamento e formação de um padrão tático para a equipe.

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4) Resgatar o futebol de antigos destaques do time

Para além de buscar reforços, o Fortaleza precisa ‘recuperar’ atletas que já partem do elenco que, até pouco tempo, faziam a diferença e decidiam os jogos da equipe. Caso especialmente de Romarinho e Osvaldo. O trio brilhou na campanha do Brasileirão em 2019. Mas, desde o fim da temporada passada caíram bastante de produção e hoje estão longe de mostrar a mesma efetividade nos dribles e jogadas individuais.

Hoje, nenhum dos dois atletas é titular absoluto, embora entre com regularidade no decorrer dos jogos. Outro que também pode render muito além do que desempenha hoje é Wellington Paulista. Artilheiro do time em 2019 e herói do título da Copa do Nordeste naquele ano, WP-9 convive com uma escassez na atual temporada. Em 11 jogos, só marcou um gol. Das peças do time que foi campeão cearense em 2020, apenas David segue com destaque no setor de ataque. A ponta já marcou 4 vezes na temporada e soma também participações diretas em outros gols.

5) Melhorar rendimento ofensivo da equipe

A produtividade ofensiva do Fortaleza nesta temporada, até aqui, deixa bastante a desejar. Em 13 jogos na temporada, o time marcou apenas 15 gols. Média pouco superior a 1 gol por jogo. Pouco para um time que pretendia brigar pelo título da Copa do Nordeste e agora parte em busca do tricampeonato cearense. O novo treinador chega também com esse desafio, que melhorar o desempenho da equipe no ataque, chamando atenção, de forma especial, os homens de frente do Leão: Wellington Paulista, Robson, David, Romarinho, Osvaldo, Igor Torres, Gustavo Coutinho e Isaque.

 

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