SEGURANÇA

Chefe de facção que colocou carro-bomba ao lado da Assembleia é preso

Um dos homens mais procurados do Estado foi capturado em São Paulo

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10 de maio de 2021
Igor Silveira

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) conseguiu prender, nesse domingo, 09, em São Paulo, o traficante Paulo Diego da Silva Araújo, o “Dino”, que aparece na Lista de Recompensas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O Estado oferecia até R$ 7 mil para quem entregasse o paradeiro dele.

Chefe de facção que colocou carro-bomba ao lado da Assembleia é preso
Chefe de facção que colocou carro-bomba ao lado da Assembleia é preso

“Dino” estava com mandado de prisão em aberto e é investigado por integrar uma organização criminosa com atuação no narcotráfico, além de arquitetar ação criminosas contra o patrimônio público e privado no Ceará.

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Mais informações sobre a prisão serão repassadas em coletiva de imprensa às 11 horas desta segunda-feira, 10.

Quem é ‘Dino’, o chefe de facção

Paulo Diego da Silva Araújo, o ‘Dino’, é considerado chefe de uma facção criminosa paulista, condenado por tráfico internacional de drogas e investigado por colocar um carro-bomba próximo à Assembleia Legislativa do Ceará e por tentar comprar habeas corpus no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

Ele foi beneficiado por uma liminar em um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, deferida pelo ministro Marco Aurélio, que soltou 11 acusados de envolvimento com um esquema de tráfico internacional de drogas, que foi alvo da Operação Cardume, da Polícia Federal (PF). O grupo foi solto em abril de 2018. Um ano depois, a Primeira Turma do STF derrubou a liminar, ao julgar o habeas corpus.

Existem pelo menos dois mandados de prisão preventiva em aberto contra ‘Dino’, expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas, da Justiça Estadual. Um deles é de 21 de julho de 2020, em um processo que o foragido responde com mais 33 acusados de integrar a facção criminosa paulista.

De acordo com a decisão judicial que decretou a prisão do grupo criminoso e o transformou em réu, a Operação Saratoga, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Ceará (MPCE), reuniu interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, nas quais Paulo Diego assume que integra a facção desde maio de 2013 e ocupa o cargo de ‘Geral das Gravatas do Estado do Ceará’, ou seja, lida com os advogados da organização criminosa. A denúncia acrescenta que a Operação impediu grandes motins no sistema penitenciário cearense.

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