Artista cearense completaria 99 anos neste dia 26 de maio
Confira galeria virtual com obras do pintor cearense Antônio Bandeira
O pintor cearense Antônio Bandeira completaria 99 anos neste dia 26 de maio. Contudo, o artista morreu quando tinha pouco mais de 40 anos. Entretanto, sua obra permanece viva até hoje. Ele é um dos principais nomes da arte abstracionista no Brasil e o maior quando se fala do assunto no Ceará. Em cada tela, é possível contemplar um pedaço do artista. Talvez, esse seja o principal motivo de ter vivido poucos anos: o autor se transformou na própria obra.
De acordo com Francisco Bandeira, sobrinho do pintor e pesquisador de arte, o interesse artístico do tio vem desde cedo. Em uma família de sete filhos, o jovem sempre demonstrou seu gosto pela pintura, pelo desenho. No começo dos anos 1940, ele passou a colocar em prática o seu talento ainda em Fortaleza. O pintor chegou a fazer parte também do Centro Cultural de Belas Artes e da Sociedade Cearense de Artistas Plásticos.
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A saga de Bandeira ganhou um novo tom quando passou a estudar na Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro, em 1945. No ano seguinte, o artista partiu novamente para uma terra diferente. Dessa vez, a cidade de Paris passou a ser a sua inspiração. De 1946 a 1950, ele estudou em renomadas escolas francesas de arte e ainda teve contato com outros grandes artistas, como Brain e Wols. Este último foi uma das suas principais influências.
Menino nordestino
Kadma Marques, socióloga da arte e professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), destaca a importância de Bandeira para a história da arte brasileira. “Bandeira é alguém que se apropria das tendências mundiais a partir do Brasil. Ele participa ainda da emergência e afirmação da abstração enquanto arte. Ele desenvolve isso a partir de um olhar próprio”, explica a professora.
A especialista ainda destaca que Bandeira recebeu o reconhecimento ainda em vida, algo que não é tão comum. Ao longo de sua história, ele fez o caminho de desprendimento da figuração, ou seja imagens nítidas, para a liberdade de criação proporcionada pela abstração. A vida e a obra de Bandeira trouxeram a afirmação do Brasil no circuito mundial artístico durante a época.
A arte do menino nordestino conquistou grandes personalidades brasileiras. Segundo Francisco Bandeira, o tio foi um dos poucos artistas que conseguiu sobreviver com o valor que arrecadava vendendo suas obras. Mas não parou por aí, as telas abstracionistas ganharam um espaço especial no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Galeria virtual
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Técnica utilizada
A forma como o artista cearense pintava chamava atenção. Segundo Nilson Bandeira, presidente do Instituto Antônio Bandeira, o pintor não utilizava pincel nem espátula. Em suas telas, ele deixava a tinta correr por todos os lados. Esse método Bandeira dominava muito bem. Foi, inclusive, um dos pioneiros na utilização dessa maneira de produzir arte na América Latina, segundo alguns pesquisadores.
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