A denúncia foi feita na noite da última terça-feira (29) por um representante de uma vendedora de vacinas
Após denúncia de pedido de propina do Governo Bolsonaro na compra de vacina, Sarto dispara: ‘quanto vale a vida perdida?’
Na noite da última terça-feira (29), o jornal Folha de São Paulo publicou uma entrevista exclusiva com um representante de uma vendedora de vacinas que afirmou que o Ministério da Saúde do governo Bolsonaro pediu propina de US$ 1 na compra do imunizante. Mais tarde, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT) publicou uma frase nas suas redes sociais: “Quanto vale a vida perdida sem razão?”.
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Quanto vale a vida perdida sem razão?
— Sarto (@sartoprefeito12) June 30, 2021
Apesar de não citar diretamente o Governo Federal e nem a acusação do pedido de propina, é possível fazer um paralelo da publicação de Sarto com a denúncia publicada no jornal Folha de São Paulo. Outros políticos brasileiros que fazem parte da oposição ao Governo Bolsonaro também se manifestaram na noite da terça-feira:
Governo Bolsonaro
U$1 por dose de vacina
400 milhões de doses
U$ 400 milhões em propinaSimples assim
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) June 30, 2021
Já apresentei o pedido de convocação do representante da empresa Davati, que relata ter recebido um pedido de propina para venda de vacinas. Brasileiros morrendo de Covid e bandidos atrás de vantagens ilícitas. Precisamos apurar tudo. A CPI segue avançando. pic.twitter.com/sdVAgxpDwE
— Alessandro Vieira (@_AlessandroSE) June 30, 2021
E tudo não passava de corrupção! As pessoas morrendo e os caras ganhando dinheiro!
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) June 30, 2021
Até o momento desta publicação, o governador do Ceará, Camilo Santana, que costuma ser crítico ao Governo Bolsonaro e à sua condução da pandemia, não fez nenhuma menção às denúncias de propina nas redes sociais
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A denúncia de propina do Governo Bolsonaro
A denúncia foi feita por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply. Segundo ele, o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria cobrado a propina em um jantar no restaurante Vasto, em um shopping de Brasília, no dia 25 de fevereiro deste ano, na véspera de uma agenda oficial com Roberto Dias no Ministério da Saúde e um dia após o país ter atingido a marca de 250 mil mortos em decorrência da covid-19.⠀
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Diante da oferta, a Davati Medical Supply teria buscado o Governo Federal para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com uma proposta feita de US$ 3,5 (três dólares e meio) por cada dose. Após esse contato, o valor passou a US$ 15,5. “O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa”, disse Dominguetti à Folha de São Paulo.
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Ao questionar a fonte sobre como seria essa forma, o jornal obteve como resposta: “Acrescentar 1 dólar”. De acordo com Luiz Paulo Dominguetti Pereira, US$ 1 por dose. “E, olha, foi uma coisa estranha porque não estava só eu, estava ele [Dias] e mais dois. Era um militar do Exército e um empresário lá de Brasília”, afirmou o representante.
Ainda na entrevista à Folha, Dominguetti garante ter recusado o pedido de propina feito pelo diretor do Ministério da Saúde.
Ainda na noite desta terça-feira (29), após a publicação da denúncia, Roberto Ferreira Dias foi exonerado do Ministério da Saúde. Omar Aziz, presidente da CPI da Covid-19, afirmou que vai convocar Luiz Paulo Dominguetti para depor na próxima sexta-feira (2).
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