Depois de cinco meses de ensaios e muita expectativa, um elenco todo formado por pessoas com a Trissomia do Cromossomo 21, entre crianças, jovens e adultos, subirá ao palco do Teatro Brasil Tropical para um show de alegria, realização de sonhos e desejo de superação. “É muito prazeroso a gente ver que a pessoa com deficiência consegue, sim, ultrapassar os seus limites e alcançar o que almeja e quer. Elas só precisam de oportunidade”, afirmou a presidente da Associação Fortaleza Down, Shirley Chaves. O projeto Arte de Incluir reúne, há cinco meses, cerca de 50 pessoas com Síndrome de Down em aulas de teatro e dança, desenvolvendo habilidades artísticas, cognitivas e de sociabilidade.
O espetáculo será apresentado nos dias 20 e 21 de dezembro, em uma sessão com dois atos, “Cidade da Harmonia – Um Musical Inclusivo” e “Simples Assim, mas faz uma diferença danada”, protagonizados por crianças, jovens e adultos com a Trissomia do Cromossomo 21. Entre os temas abordados, estão amizade, inclusão e superação, buscando sensibilizar o público para a desconstrução do preconceito e a compreensão sobre as potencialidades das pessoas com Down.
Na reta final antes da estreia, a rotina dos novos artistas se divide entre ensaios, prova de figurino, gravação de textos, tudo sob a orientação de arte-educadores e de uma equipe multidisciplinar que acompanha cada passo do processo. A direção artística é do coreógrafo Cid Neto. A direção cênica da turma de adultos é da atriz Andréa Piol. As arte-educadoras Luiza Torres e Carol Benjamim dirigem as turmas infantojuvenis.
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Em “Cidade da Harmonia – Um Musical Inclusivo”, o público vai conhecer a menina Flor, única habitante da cidade de Harmonia a não ter a Síndrome de Down. Com medo de que Flor seja excluída pelos amigos por ser diferente, seus pais a escondem em casa, impedindo a jovem de realizar seu sonho de ser uma artista. No entanto, Flor vai contar com uma ajuda especial para se sentir incluída e realizar seu desejo.
Já em “Simples Assim, mas faz uma diferença danada”, crianças e adolescentes do projeto darão vida a uma fábula sobre amizade e inclusão por meio de pequenas esquetes. “Desejamos que, a partir desse espetáculo, o público saia do teatro com uma nova ideia sobre o que sentem e podem as pessoas com Down e se torne também multiplicador da inclusão”, concluiu Shirley Chaves.
Arte de Incluir: Síndrome de Down
O Arte de Incluir é uma iniciativa da ONG Associação Fortaleza Down, com apoio da Casa Sensi e do Espaço de Arte Rossana Pucci.
O projeto está em sua segunda edição. Os participantes foram escolhidos mediante inscrição prévia. Uma equipe multidisciplinar acompanha as atividades com práticas inclusivas, tanto de caráter prático como teórico, com o intuito de desenvolver o talento e as habilidades artísticas dos integrantes.
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Sobre a Associação Fortaleza Down
A Associação Fortaleza Down coordena ações voltadas à defesa e garantia de direitos das pessoas com Trissomia do Cromossomo 21 por meio de iniciativas que promovam sua inserção na sociedade e no mercado de trabalho sem a barreira do preconceito.
A Associação também combate a desinformação sobre o tema, ajudando a prevenir ilegalidades e abusos, além de prestar apoio aos familiares de pessoas com Síndrome de Down. Entre as atividades realizadas pela associação estão iniciativas no âmbito da arte, da cultura, do esporte e do lazer. Atualmente, a Associação é composta por mais de 500 famílias de pessoas com T21.
Imperdível
“Cidade da Harmonia – Um Musical Inclusivo” + “Simples assim – Mas faz uma diferença danada”
Quando: 20 e 21 de dezembro, com sessões às 16 * e 20 horas
* As sessões de 16 horas serão gratuitas
Onde: Teatro Brasil Tropical (Avenida da Abolição, 2323 – Meireles)
Ingressos: R$30 (meia), adquiridos pela plataforma Sympla