Produção é baseada na obra “Estação Carandiru”, de Drauzio Varella
Espetáculo “Salmo 91” estreia no Teatro Dragão do Mar
Inspirado em um dos episódios mais trágicos da história recente do País, o espetáculo Salmo 91 aborda o massacre do Carandiru, ocorrido em 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos durante uma intervenção policial no extinto Complexo Penitenciário do Carandiru, em São Paulo. Escrita por Dib Carneiro, a peça utiliza a tragédia como pano de fundo para dar voz aos sobreviventes e lançar luz sobre as lacunas ainda presentes na responsabilização dos envolvidos.

As apresentações acontecem nos dias 6, 13, 20 e 27 de maio (terças-feiras), sempre às 19h30, no Teatro Dragão do Mar, com entrada pelas Av. Leste Oeste, próximo ao cruzamento entre a Monsenhor Tabosa e Dom Manuel, também conhecida como a entrada dos museus, e pela Av. Pessoa Anta, 374.
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Espetáculo “Salmo 91”
O texto de Carneiro dialoga diretamente com o livro “Estação Carandiru”, publicado em 1999 pelo médico e escritor Drauzio Varella, que atuou como voluntário no combate à AIDS entre os presos do complexo. A obra é um retrato humanizado do cotidiano da prisão, revelando as condições degradantes e a violência estrutural do sistema carcerário brasileiro.
“Salmo 91” se apresenta como uma releitura artística e política da narrativa de Varella, aprofundando os aspectos emocionais do massacre e refletindo sobre a persistente cultura da impunidade.
Imagens de Teatro
O grupo Imagens de Teatro surgiu em janeiro de 2002, a partir do estudo para montagem do espetáculo “Imagens”, de Benedito Rodrigues Pinto. Sob direção de Edson Cândido, que já havia encenado “Meia-Sola” do mesmo autor em São Paulo, o grupo passou a trilhar uma linha de montagem realista, inspirada em autores considerados “malditos”.
Ao longo de mais de duas décadas de trajetória, o Imagens de Teatro consolidou sua atuação em palcos diversos – de teatros convencionais a galpões, bares e espaços alternativos – levando arte ao público e contribuindo para a formação de plateia em diferentes regiões do Brasil.
O reconhecimento pelo trabalho veio por meio de importantes premiações. O grupo foi contemplado duas vezes pelo Prêmio Myriam Muniz/FUNARTE – em 2009, com o projeto “Plínio Marcos – Trilogia: Abajur Lilás, Navalha na Carne e Barrela”, e em 2014, com “Grupo Imagens 13 anos – Indo onde o povo está”.
Ao todo, acumula seis prêmios de melhor espetáculo, nove de melhor direção, 11 de melhor atriz, além de conquistas em categorias como ator, iluminação, cenografia, maquiagem e caracterização.

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