MANUTENÇÃO PREVENTIVA
O barulho metálico que pode indicar grave desgaste nos freios do seu carro
Você está dirigindo tranquilamente, quando um som metálico e insistente começa a ecoar das rodas. O incômodo é imediato — e, mais importante, não deve ser ignorado. Esse barulho pode ser o primeiro alerta de um grave desgaste nos freios, um problema que compromete diretamente a segurança do seu carro e de todos ao redor.

Desgaste nos freios: como o som metálico denuncia o problema
O sistema de freios é composto por várias partes que trabalham em conjunto: pastilhas, discos, pinças, tambores e fluido. Com o uso constante, é natural que esses componentes se desgastem, mas quando o barulho metálico surge, significa que o desgaste já está em um estágio avançado — principalmente nas pastilhas.
As pastilhas de freio contam com um indicador metálico que começa a raspar no disco assim que o revestimento de atrito atinge o limite mínimo. O som, que lembra um arranhar contínuo de metal contra metal, é intencional: trata-se de um alerta mecânico para o motorista agir rapidamente.

Imagem criada com IA
O que acontece se ignorar o ruído
A tentação de “deixar para depois” pode sair caro. Ignorar o barulho metálico pode levar à destruição dos discos de freio, que são bem mais caros que as pastilhas. Em casos extremos, o sistema perde eficiência, aumenta drasticamente a distância de frenagem e pode falhar em situações de emergência.
Além disso, conduzir com os freios comprometidos representa infração de trânsito grave, sujeita a multa e pontos na CNH, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Como identificar o estágio do desgaste nos freios
Além do ruído metálico, outros sinais podem indicar que algo está errado com os freios:
Pedal mais baixo ou “borrachudo”: exige mais força para frear.
Vibração ao frear: normalmente causada por discos empenados.
Luz no painel: carros mais modernos avisam sobre o desgaste por meio de sensores.
Perda de eficiência: o carro demora mais para parar mesmo em baixa velocidade.
Se algum desses sinais aparecer em conjunto com o barulho metálico, o risco de falha grave é altíssimo.
Quando trocar as pastilhas de freio
As pastilhas devem ser checadas a cada 10 mil quilômetros, mas a troca pode variar conforme o estilo de direção. Quem dirige muito em áreas urbanas com tráfego intenso tende a desgastar mais rápido do que quem roda em estrada.
Além disso, é essencial que a substituição seja feita com peças de qualidade e que os discos sejam avaliados a cada troca. Em alguns casos, o disco pode ser retificado — em outros, deve ser trocado.
Quanto custa manter o sistema de freios em dia
Trocar as pastilhas de freio dianteiras de um carro popular pode custar entre R$ 150 e R$ 350, incluindo a mão de obra. Já um par de discos novos pode custar de R$ 300 a R$ 600. Esses valores variam conforme a marca, o modelo do carro e a cidade onde você mora.
Em contrapartida, ignorar o desgaste e provocar danos maiores pode resultar em prejuízos que ultrapassam R$ 1.000, sem contar o risco de um acidente.
A importância da manutenção preventiva
Evitar o desgaste excessivo dos freios começa com uma manutenção preventiva regular. Isso inclui:
Verificar o nível e a cor do fluido de freio;
Fazer a sangria do sistema a cada dois anos;
Observar ruídos e comportamentos diferentes ao frear;
Realizar inspeções periódicas em oficinas de confiança.
Além disso, dirigir de forma defensiva — evitando freadas bruscas e mantendo distância segura — prolonga a vida útil dos componentes.
Muita gente esquece que o freio de mão, ou freio de estacionamento, também sofre desgaste. Se ele não estiver funcionando corretamente, pode deixar o carro vulnerável a movimentos inesperados em ladeiras, por exemplo. Vale verificar o cabo de acionamento e as sapatas com regularidade.
O carro “fala” com o motorista o tempo todo. Sons estranhos, especialmente metálicos, nunca devem ser ignorados. No caso do sistema de freios, o aviso pode ser o último antes de um problema sério.
Ouvir o seu carro e agir preventivamente é uma atitude de responsabilidade que protege você, seus passageiros e todos ao seu redor. O custo de uma manutenção é sempre menor que o de um acidente — ou de uma falha irreversível.
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