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Cinto de segurança com folga? Veja por que isso pode ser fatal

SEGURANÇA NO TRÂNSITO

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17 de maio de 2025
Fabiano Souza

Uma pequena distração na hora de afivelar o cinto pode custar caro — e, às vezes, até a vida. O cinto de segurança, quando mal ajustado ou com folga, perde grande parte da sua eficácia e transforma um item de proteção essencial em um risco invisível. E por mais que muita gente acredite que “só um trechinho” ou “a baixa velocidade” não ofereçam perigo, os dados dizem o contrário. A verdade é dura: um cinto frouxo pode ser tão perigoso quanto não usar nenhum.

Cinto de segurança com folga? Veja por que isso pode ser fatal
Cinto de segurança com folga - veja por que isso pode ser fatal

Por que o cinto de segurança precisa estar justo

A função do cinto é segurar o corpo no banco em caso de desaceleração brusca, como numa batida. Quando está com folga, ele permite que o corpo se mova além do ideal, o que aumenta a força do impacto e pode provocar ferimentos internos, fraturas e até o lançamento para fora do veículo. É o efeito chicote: o corpo se projeta com força, e o cinto, ao não estar bem ajustado, só segura após esse movimento, quando o dano já pode ter ocorrido.

Outro ponto importante é o efeito submarino. Ele acontece quando o passageiro desliza por baixo do cinto abdominal em caso de colisão — o que é mais comum quando o cinto está mal posicionado ou frouxo. Esse deslizamento pode causar lesões na coluna, no abdômen e até na pelve.

Os erros mais comuns ao usar o cinto de segurança

Achar que ele se ajusta sozinho

Carros mais modernos têm cintos com pré-tensionadores e limitadores de força, mas isso não significa que você pode relaxar. O cinto precisa ser ajustado no corpo toda vez que você se senta. Se estiver com roupa muito volumosa ou mal posicionado, ele não funcionará direito. Tire o excesso de folga puxando a fita depois de afivelar e sinta o cinto firme contra o peito e quadril.

Colocar o cinto de segurança por baixo do braço

Essa prática comum entre adolescentes ou em dias muito quentes é extremamente perigosa. O cinto transversal precisa passar sobre o ombro e o meio do peito, nunca por baixo do braço ou atrás das costas. Do contrário, em caso de colisão, ele pode causar perfurações nas costelas ou falhar completamente.

Usar adaptadores inadequados em crianças

Quando se trata de crianças, o uso incorreto da cadeirinha ou do booster com o cinto do carro é um erro recorrente. Um cinto com folga ou passando na altura errada no corpo da criança pode causar ferimentos graves. Por isso, é essencial seguir as recomendações de idade, peso e altura para os sistemas de retenção.

Cinto de segurança no banco traseiro também salva vidas

Apesar de parecer mais seguro, o banco traseiro não é zona livre de perigo. Estudos mostram que passageiros sem cinto atrás multiplicam o risco de morte dos ocupantes da frente em caso de colisão. Eles são arremessados para frente com força descomunal e podem esmagar quem está na frente — mesmo com airbags e outros sistemas ativos.

Aliás, o hábito de não usar cinto no banco de trás está mais ligado à desinformação do que à segurança real. Um levantamento da Polícia Rodoviária Federal revelou que grande parte das vítimas fatais em rodovias estava no banco traseiro, sem cinto.

O que fazer para garantir o uso correto do cinto de segurança

Faça um checklist antes de sair

  • O cinto está ajustado rente ao corpo?

  • Está passando sobre o ombro e o peito, sem encostar no pescoço?

  • O cinto abdominal está bem baixo, sobre os quadris, e não na barriga?

  • Crianças estão com os sistemas adequados ao tamanho e peso?

Se a resposta for “não” para qualquer item, pare e ajuste.

Revise o equipamento com frequência

Cintos com desgaste, torções ou afivelamento frouxo devem ser substituídos. É responsabilidade do motorista garantir que todos os ocupantes estejam usando o cinto corretamente antes de dar partida.

Evitar o desgaste precoce dos freios, revisar pneus ou manter o óleo em dia são práticas essenciais para segurança, mas nenhuma delas substitui o básico: estar corretamente preso ao veículo. O cinto de segurança, quando bem utilizado, não é apenas um acessório: é o seu último recurso de vida em uma colisão.

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