Conhecido ladrão de bolas e, nesta segunda-feira (28), em Doha, no Catar, grande goleador. Casemiro foi escolhido o nome da vitória do Brasil sobre a Suíça não por acaso. Sem Neymar, o volante tomou a responsabilidade da partida, fez a sua parte na defesa e foi fundamental no ataque, no estádio 974.
A vitória praticamente deu a melhor campanha ao Brasil no Grupo G e a vaga antecipada às oitavas de final. O adversário da próxima fase virá da chave H, com Portugal, Gana, Uruguai e Coreia do Sul.
Um dos remanescentes da última Copa do Mundo, Casemiro é peça fundamental ao longo de toda a era Tite na seleção. O volante, revelado pelo São Paulo, com passagem pelo Porto, rapidamente virou ídolo no Real Madrid. Nesta temporada, transferiu-se para o Manchester United com as suas cinco Champions League na bagagem.
Aos 30 anos, a maturidade está aflorada no jogador, que até disputou com Thiago Silva a capitania da seleção brasileira.
“Está claro que o meu primeiro posicionamento é dar equilíbrio à equipe, dar suporte lá atrás. Até mesmo como o [Carlo] Ancelotti [seu antigo técnico no Real] fala, apagar incêndios”, disse Casemiro. “Mas quando se joga com uma equipe mais defensiva, você tem que sentir ali na hora do jogo. Porém, se tiver oportunidade de dar uma piscadinha lá na frente, tem que ir também.”
Depois de tomar conta do meio-campo nos dois jogos (na estreia contra a Sérvia já havia sido assim), o jogador, desta vez, ainda teve a ajuda de Fred ao longo de todo o primeiro tempo. O esquema defensivo do Brasil segue sem tomar gols em dois jogos.
Será que joga bola esse @Casemiro? 🫢🤩
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— CBF Futebol (@CBF_Futebol) November 28, 2022
Quem é Casemiro?
Mas mais do que contribuir lá atrás, Casemiro pareceu perceber a dificuldade do time em marcar o gol e se arriscou no ataque. Aos 37 minutos do segundo tempo, o volante apareceu na área, recebeu passe de Rodrygo e acertou um chutaço, sem defesa para o goleiro Sommer.
Em busca do hexacampeonato, a seleção brasileira volta a campo na sexta, às 16 horas (de Brasília), contra Camarões, no estádio Lusail, pela última rodada da chave de grupos.
Carlos Henrique Casimiro, nasceu em 23 de fevereiro de 1992. Natural da cidade paulista de São José dos Campos, o volante titular da seleção brasileira deu os primeiros passos no futebol na Escola de Futebol Moreira, em sua cidade.
Aos dez anos de idade, transferiu-se para o São Paulo F. C., e já nas primeiras participações na base tricolor, deu mostras de que teria um futuro brilhante. Assim que chegou ao clube, o volante contraiu uma hepatite e ficou três meses sem treinar. Sozinho na capital, viveu a angústia de estar longe da família e o medo de ser dispensado pelo clube em sua primeira chance. Mas deu a volta por cima.
Além de um ótimo futebol, Casemiro revelou um caráter irretocável, quando reprovou o próprio empresário, Giuliano Bertolucci, que o aconselhara a entrar em litígio com o time do Morumbi, com vistas à sua liberação para jogar na Europa.
O craque jogou pelo São Paulo de 2010 até 2013, registrando 112 jogos e onze gols assinalados. O estilo clássico de atuar, cheio de técnica e mesclado a um jogo mais duro na marcação, chamou a atenção dos clubes europeus. O Real Madrid chegou primeiro.
Casemiro e família
Casemiro vive voltado para o trabalho. Mas é na família que ele vê seu porto seguro e encontra forças para ser cada dia melhor. Casado com Anna Mariana, o jogador é pai de Caio, de 1 ano, e Sara, de 6 meses.
A família vive em Madri, mas a cabeça de Casemiro se divide entre a Espanha e São José dos Campos, onde mora a mãe e os dois irmãos. Ele e D. Magda se falam diariamente.
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