O Cruzeiro informou o afastamento do volante Richard nas atividades do futebol profissional, após ser citado em uma investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O jogador atuou no Ceará em 2022.
Richard teve o nome mencionado em capturas de tela de conversas entre apostadores investigados pela Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo MP-GO.
Enquanto atuava pelo Ceará, o atleta teria recebido a quantia de R$ 40 mil reais para ser advertido com um cartão amarelo em jogo contra o Cuiabá. A partida terminou empatada por 1 a 1. Os detalhes da negociação envolvendo o jogador e apostadores foram expostos em prints no documento com a denúncia feita pelo MP. Em uma das mensagens, o volante chegou a dizer que havia sido persuadido por três apostadores. No entanto, recusou a investida.
Em seguida, a conversa foi reiniciada após o envio do comprovante de depósito por meio do Pix para Richard. O apostador escreveu: “Tá pago aí, meu amigo. Marcha na carreta”. O jogador ainda teria dito: “Não fecho com ngm (ninguém) a não ser você, sou papo reto bagulho não é brincadeira.”
Em nota, o Cruzeiro se limitou em informar o afastamento do jogador e não mencionou a investigação.
O Cruzeiro comunica que o atleta Richard está afastado preventivamente das atividades da equipe de futebol profissional.
— Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) May 10, 2023
Penalidade Máxima II
No início de abril o MP-GO deflagrou uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados (Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) para desbaratar uma associação criminosa especializada em manipulação de resultados de jogos de futebol para favorecer apostas esportivas.
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“A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo. Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores buscavam possibilitar que os investigados conseguissem grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os rendimentos”, afirmou a assessoria de imprensa do MP-GO na ocasião.
A Operação Penalidade Máxima II é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 e que resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.
*Com informações da Agência Brasil.
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