Jogadores que atuaram em times cearenses são investigados pelo Ministério Público de Goiás por suspeitas de manipulação de resultados em jogos do Campeonato Brasileiro, em 2022. De acordo com investigação, a manipulação do placar acontecia com a bola rolando e beneficiava o público que estava fora do caso, acompanhando o jogo com o celular na mão.

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Ex-atletas do Ceará e Fortaleza são suspeitos de participação no esquema. As provas estariam em prints de conversas de um grupo de um aplicativo de mensagens.

“A Federação Cearense de Futebol, assim como toda as federações disseminadas no território brasileiro, estão sintonizadas com a CBF. A entidade constituiu uma empresa que faz o monitoramento permanente de todas as partidas das séries A e B e as federações estão posicionadas de maneira absolutamente colaborativa perante às investigações”, disse o diretor jurídico da FCF, Leandro Vásques.

Um jogo do Campeonato Cearense de 2022 também é alvo de investigação por suposta manipulação de resultados pelo Ministério Público do Ceará. O Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol do estado analisa e o núcelo de investigação criminal acompanha o caso. Áudios vazados revelam supostas combinações de resultados para beneficiar apostas.

O Estatuto do Torcedor prevê de dois a seis anos de prisão o jogador que cometer esse tipo de sabotagem. Matheus Vargas, que atuou em times cearenses e está emprestado ao Sport, é investigado pelo Ministério Público de Goiás sobre a manipulação de resultados. Ele teria recebido propostas para contribuir nas manipulações.

O Fortaleza declarou que não vai se pronunciar sobre o caso. E o Ceará pediu ao Ministério Publico de Goiás para ter acesso aos detalhes da operação penalidade máxima. A solicitação foi feita porque o clube acredita na possibilidade de ter sido vítima de parte dos investigados na operação. O Alvinegro entende que pode contribuir com as investigações.

Mais detalhes na reportagem

Fraudes em jogos de futebol

Nesta semana, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) anunciou que denunciou à Justiça 16 pessoas por fraudes para manipular resultados de 13 partidas de futebol (8 do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, 1 da Série B de 2022 e 4 de campeonatos estaduais de 2023) para favorecer apostas esportivas.

Entre os denunciados está o zagueiro Eduardo Bauermann, afastado pelo Santos a partir desta terça, de forma preventiva, “diante dos novos desdobramentos divulgados na Operação Penalidade Máxima II”.

Além do atleta do Peixe, foram denunciados os seguintes jogadores: Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (que atuou no Sergipe).

Mais nove pessoas (apostadores e membros da organização criminosa) também são apontados na denúncia, que “esmiúça 23 fatos criminosos ocorridos durante as partidas, nas quais jogadores se comprometeram a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. A organização criminosa visava apostar nos resultados e eventos induzidos e, desta forma, obter elevados ganhos”.

Leia mais | Operação Penalidade Máxima

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