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Após 36 anos, Justiça da Suíça anula condenação de Cuca em caso de estupro

Após 36 anos, Justiça da Suíça anula condenação de Cuca em caso de estupro

Foto: Pedro Souza/Atlético

O Tribunal Regional do distrito de Berna-Mittelland, na Suíça, anulou a sentença que condenava Cuca por estupro de uma menor de idade, em 1987. A juíza Bettina Bochsler acatou a argumentação da defesa do treinador de que ele foi condenado à época sem representação legal.

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Com isso, Cuca teria direito a um novo julgamento, mas segundo as autoridades suíças, isso não seria possível pois o crime já estava prescrito. O Ministério Público sugeriu a anulação da pena e o fim do processo. Por irregularidade no julgamento, foi determinada uma indenização do Estado suíço a Cuca no valor de 9.500 francos, o equivalente a R$ 55 mil.

“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos 8 meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, afirmou Cuca, por meio de sua assessoria.

O caso voltou à tona em 2023, quando o técnico foi contratado pelo Corinthians. Após o anúncio, em abril, houve um forte movimento de protesto à contratação do treinador por parte de torcedores corintianos.

À época, Cuca disse que “respeitou e respeita todas as mulheres” e que nunca encostou “um dedo indevidamente em nenhuma mulher”. Ele afirmou, ainda, que o que dizem a seu respeito são “inverdades”.

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“Esse é um tema delicado, tema pessoal meu, mas eu faço questão de falar sobre ele e tentar ser o mais aberto possível quanto a isso, dentro do que me cabe. É um tema que ocorreu há 37 anos atrás, em 1987. Eu fazia, não sei ao certo, era emprestado do Juventude ao Grêmio. Devia estar no Grêmio há uns 15, 20 dias. Fiquei uma semana para tirar o passaporte. Tenho muito vaga lembrança de tudo que aconteceu, porque é muito tempo. Nessa vaga lembrança que eu tenho, eu tinha 23 anos na época, nós iríamos jogar uma partida e, um pouco antes, subiu uma menina para um quarto. O quarto era o que eu estava, junto com mais três jogadores, que era um quarto duplo, duas camas de um lado, fazendo um L, duas camas no outro”, disse na coletiva de imprensa.

“Essa foi minha participação nesse caso. Eu sou totalmente inocente, eu não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro. Houve, acho, um ato sexual a um vulnerável (sic). Isso foi a pena que foi dada. A gente ouve aí um monte de coisas falando inverdades, chega a ofender”, acrescentou.

Entenda o caso de estupro envolvendo Cuca

Quando ainda era jogador do Grêmio, Cuca participou de uma excursão com o time para a Europa em 1987. Na Suíça, ele e outros três jogadores, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, foram detidos por supostamente terem feito sexo sem consentimento com Sandra Pfäffli, que na época tinha 13 anos. Eles foram detidos, mas liberados um mês depois.

Dois anos depois do caso, em 1989, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão e multa, mas não tiveram representação legal no julgamento. Fernando foi absolvido da acusação por ter sido considerado apenas cúmplice.

Após a anulação do processo e prescrição do caso, não poderá haver novo julgamento.

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