Em uma noite tensa e de muita disputa no Allianz Parque, o Palmeiras derrotou o São Paulo por 1 a 0 e garantiu sua classificação para a final do Campeonato Paulista de 2025, chegando à sua sexta decisão seguida. O gol da vitória alviverde foi marcado por Raphael Veiga, após uma controversa marcação de pênalti em Vitor Roque, estreante da noite, que sofreu falta na área após um erro da defesa são-paulina. A cobrança de Veiga nos acréscimos deu ao Palmeiras a vitória, que agora busca o quarto título consecutivo – algo que não acontece desde os tempos do extinto Paulistano, que conquistou quatro títulos seguidos entre 1916 e 1919.

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A final do Paulistão será marcada pelo clássico do futebol paulista: o Palmeiras enfrentará o Corinthians, seu arquirrival, que não disputa uma final do Estadual contra o Verdão desde 2020, quando levou o título nos pênaltis. A decisão será disputada em dois jogos, com o primeiro confronto marcado para o próximo domingo, 16, e o segundo para o dia 27 de março.

No entanto, o calendário da final pode ser impactado por uma disputa entre a Federação Paulista de Futebol (FPF) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A CBF quer que o segundo jogo da final aconteça no dia 26 de março, uma quinta-feira, devido ao início do Campeonato Brasileiro no sábado, dia 29. Caso isso aconteça, os times poderão entrar em campo desfalcados de jogadores convocados para a Data Fifa, o que tem gerado um impasse sobre a data final. O Corinthians, no entanto, tem a vantagem de jogar em casa, na Neo Química Arena, por ter a melhor campanha no torneio.

O Choque-Rei foi um confronto mais brigado do que bem jogado, com o Palmeiras, ainda que superior em alguns momentos, encontrando dificuldades para superar a defesa adversária. A primeira etapa foi marcada por uma forte marcação de ambas as equipes, mas foi o São Paulo quem teve mais posse de bola nos primeiros minutos, com o técnico Zubeldía colocando Oscar como volante, com três zagueiros atrás.

Palmeiras vence São Paulo e enfrenta o Corinthians na final do Paulistão

O Palmeiras, porém, soube neutralizar as jogadas do São Paulo, principalmente de Oscar, e começou a pressionar a saída de bola adversária. O time de Abel Ferreira passou a apostar em chutes de fora da área, tentando brechas na defesa são-paulina. Estêvão, o jovem atacante de 17 anos, foi o que mais tentou, mas sem sucesso.

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O gol que decidiu a partida aconteceu após uma falha da defesa do São Paulo. Rafael errou o passe para Arboleda, que escorregou dentro da área, e o estreante Vitor Roque dividiu com o zagueiro, caindo de forma aparentemente forçada. O árbitro Flavio Rodrigues de Souza assinalou pênalti, causando revolta nos jogadores do São Paulo. Na cobrança, Raphael Veiga não desperdiçou e colocou o Palmeiras na frente aos 47 minutos do primeiro tempo.

Com a vantagem no placar, o Palmeiras administrou o segundo tempo com inteligência. A equipe soube “cozinhar” o jogo, dificultando as investidas do São Paulo. O técnico Zubeldía fez ajustes na formação, desfazendo a linha de três zagueiros e colocando cinco atacantes, mas as tentativas ofensivas não surtiram efeito. O Palmeiras, bem posicionado, conseguiu neutralizar qualquer perigo no campo de defesa.

Mesmo com alguns contra-ataques perigosos, o Verdão não conseguiu ampliar a vantagem, errando o último passe em boas oportunidades. No entanto, a ineficiência nos contragolpes não foi um problema, pois a defesa alviverde se manteve firme e garantiu a classificação.

Antes da partida, tanto Palmeiras quanto São Paulo demonstraram solidariedade ao atacante Luighi, de 18 anos, vítima de racismo durante uma partida da Libertadores Sub-20 no Paraguai. Durante o aquecimento, o rapper Rincon Sapiência, palmeirense, foi convidado para falar sobre a luta contra o racismo, e estendeu a faixa “Todos contra o racismo” em apoio à causa. Um forte gesto de união contra a discriminação no futebol.

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