Conselheiros do Corinthians foram pegos de surpresa pelo afastamento de Romeu Tuma Jr. da presidência Conselho Deliberativo. A decisão foi tomada pelo Conselho de Ética do Clube na quarta-feira, por 3 votos a 1, mas a reunião não foi anunciada ao presidente, nem aos demais membros, que receberam a informação na manhã desta quinta-feira, por meio da imprensa. Ainda não houve uma confirmação oficial no Parque São Jorge. O Estadão entrou em contato com Romeu Tuma, mas não obteve resposta.
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A informação do afastamento de Romeu Tuma Jr. foi divulgada pelo site GE e confirmada pelo Estadão. Segundo apurou a reportagem, presidente e conselheiros foram informados da votação no Conselho de Ética na manhã desta quinta-feira. Tuma, por sua vez, deixou o clube no fim da tarde desta quarta-feira e não tinha conhecimento da realização da reunião, que votaria pelo seu afastamento.
Roberson Medeiros, presidente do Conselho de Ética, assume o cargo de maneira provisória. Agora, o caso será analisado pelo órgão e Romeu Tuma terá a oportunidade de apresentar a sua defesa. A decisão final será referendada justamente pelo Conselho Deliberativo.
O dirigente era alvo de dois pedidos de destituição, sendo um protocolado por um grupo de conselheiros e outro pelo presidente Augusto Melo, cujo processo de impeachment estava sendo tocado pelo adversário político. Romeu Tuma é acusado de agir com parcialidade no processo de impeachment do presidente Augusto Melo, além de causar uma imagem negativa ao clube com manifestações públicas sobre questões internas.
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Ainda não há data para a retomada da reunião do Conselho Deliberativo que pode definir o avanço do processo de impeachment de Augusto Melo. O encontro só deve acontecer quando a integridade física dos integrantes ser garantida pelas autoridades, segundo Romeu Tuma. Até lá, Augusto busca a reconciliação com parte dos conselheiros para evitar que o impeachment avance.
Augusto tem confiança de que, mesmo se for afastado, conseguirá reverter a situação na Assembleia Geral de associados. A oposição vai na contramão e acredita que o período de 60 dias do mandatário longe da cadeira presidencial pode ser determinante para uma mudança no panorama atual. Isso porque o grupo que entrar terá acesso a todos os documentos e informações da administração, e há uma crença de que novas irregularidades de gestão possam surgir.
Augusto Melo afirma que o processo de impeachment se trata de um “golpe” contra sua gestão. Ele se apega ao fato de a Comissão de Ética ter determinado a suspensão da votação da destituição até que o inquérito da Polícia Civil sobre a Vai de Bet seja encerrado. Por outro lado, Romeu Tuma Jr. crê não ser necessário aguardar o fim das investigações porque um dos motivos para o mandatário sofrer o impeachment seria suposta gestão temerária.
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