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Às vésperas das eleições, 67,5% das pessoas temem agressões por motivação política

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Foto: Reprodução

Às vésperas das eleições, 67,5% das pessoas dizem ter medo de sofrerem agressões por motivos políticos no Brasil. O dado é do levantamento “Violência e Democracia: Panorama Brasileiro Pré-eleições de 2022”, feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), e divulgado nesta quinta-feira (15). Ainda segundo a pesquisa, 3,2% dos entrevistados disseram que já sofreram algum tipo de ameaça por motivos políticos no último mês, entre 8 de julho e 8 de agosto.

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“A pesquisa reforça a centralidade da segurança pública no debate político, em que a violência e o medo aparecem como dimensões fundamentais para compreendermos a sociedade atual”, declara Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do FBSP.

Quem tem mais medo da violência tende a ser mais favorável à agenda de direitos — índice de 7,7, em uma escala de 1 a 10. Entre aqueles que têm menos medo de sofrer violência, o índice é de 7,2, o que os pesquisadores consideram uma oportunidade para a “ampliação das políticas públicas de segurança e do fortalecimento dos direitos e dos processos democráticos”.

Os dados foram coletados pelo Instituto Datafolha entre os dias 3 e 13 de agosto. Foram ouvidas 2.100 pessoas, com 16 anos ou mais, em 130 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

A pesquisa também mediu a tendência dos entrevistados a apoiar a democracia, sendo que o 1 representa o menor apoio e 10, a maior adesão. Nesse índice, o apoio à democracia marcou 7,25 pontos. Nesse cenário, 89% dos entrevistados responderam que concordam que ter eleições livres transparentes é essencial para a democracia, e 81% afirmaram que quem for vencedor nas urnas deve ser reconhecido pela Justiça Eleitoral e empossado.

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A relação entre autoritarismo e o medo da violência cresceu em cinco anos. Em 2017, o índice era de 0,68, em uma escala de 0 a 1. Atualmente, é de 0,76. No recorte em que os entrevistados são perguntados sobre o apoio a programas de transferência de renda, 92,1% responderam que é essencial que essa população receba assistência do governo, seja de prefeituras, seja de governo estadual, seja do governo federal, e 87% também disseram concordar que é justo que uma pessoa muito pobre receba o Auxílio Brasil ou o Bolsa Família.

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