O ator Rafael Cardoso quebrou o silêncio e decidiu se manifestar e se desculpar com a comunidade LGBTQIAPN+. Ele causou polêmica ao compartilhar um vídeo homofóbico sobre o look do influenciador digital João Guilherme. “Pensei em fazer esse pedido somente no privado, mas o mal que causei à toda uma comunidade foi público. Então, nada mais correto que pedir desculpas publicamente também. Tive uma atitude babaca e que ninguém deve fazer, que é apontar ou julgar ao outro. Peço desculpas a você, João, por tudo o que lhe causei. Não pedi antes porque não queria fazer apenas por pressão da imprensa ou da minha equipe. Queria fazer de coração. Pensei nos meus filhos, que amo muito, em como reagiria e me sentiria se alguém fizesse algo do tipo com eles. O que a gente não quer para nós não fazemos para os outros”, disse.

>  > Siga o GCMAIS no Google Notícias  < <

“Coloquei em risco pessoas tratando como humor um discurso homofóbico, mas o que puder fazer para mudar isso contem comigo. Fica uma entre várias lições: se machuca, ofende ou coisa do tipo, não é humor e não deve ser compartilhado. Mais uma vez, minhas desculpas sinceras ao João Guilherme, comunidade LGBTQIAPN+ e a todos que se sentiram ofendidos”, concluiu.

LEIA TAMBÉM | Bomba: suposto caso entre galãs famosos 

Entenda a polêmica

O ator Rafael Cardoso divulgou uma gravação onde um humorista debocha da roupa do cantor João Guilherme em um evento de moda. A polêmica ficou ainda maior, inclusive, quando Igor Rickli se posicionou defendendo João Guilherme. “É de fato uma inversão de valores. Estou contigo, João Guilherme”, destacou o esposo da atriz e cantora Aline Wirley.

O vídeo compartilhado por Rafael Cardoso traz, inclusive, comentários preconceituosos sobre o cantor João Guilherme. O ataque ocorreu por conta da blusa cropped que o filho do cantor Leonardo utilizou na Semana de Moda de Paris. “Que pouca vergonha, que fiasco. Vamos ser sinceros, não precisa de toda essa alegoria, essa perfumaria para dar o rabo. O cara, quando bota esse tipo de look, está com a placa atrás escrita: ‘enfie’. Se veste que nem uma cachorra e vira o terror dos homens de masculinidade frágil. Agora, porque eu não gosto de me vestir de mulher e dar o meu rabo, a minha masculinidade é frágil”, disparou, assim, o responsável pelo conteúdo.

Igor Rickli publicou em uma rede social um ensaio fotográfico com cropped para reagir, portanto, à polêmica. “Para os ‘machões’ que acham que somos só ‘cachorras loucas para dar’, um prato cheio para o seu deleite. Minha roupa não me define. Aproveito para evidenciar que meu prazer não está em me vestir ‘como mulher’ e, sim, em ter coragem para transgredir e afrontar tanta ignorância. As falas desse vídeo soaram extremamente ofensivas, despertaram vários gatilhos e, para mim, deveriam configurar como crimes de homofobia. E para vocês, Instagram?”, afirmou, enfim.

> >  Acompanhe o GCMAIS no YouTube  < <