No próximo dia 19 de abril, Fortaleza recebe um curso inédito que vai discutir os Fundamentos da Cultura Organizacional com um dos maiores especialistas no assunto, o consultor empresarial Gui Marback.
O evento é promovido pela FASI Consultoria, empresa cearense que se destaca na gestão de pessoas e empresas com foco em performance. As sócias diretoras Carla Pinheiro e Mariana Furtado são representantes da Crescimentum no estado e trazem para conversar sobre o tema Gui Marback, executivo que por 20 anos atuou como em instituições de grande porte, como o Citibank, o Banco Chase Manhattan e o HSBC. É especialista em Transformação Cultural pela Barret Values Centre, em Londres.
O curso Fundamentos na Gestão da Cultura Organizacional será presencial e imersivo, no Hotel Sonata de Iracema, começando às 9h e finalizando às 17:30h e com exercícios pré e pós work e acesso à plataforma de ensino por um ano. Ainda haverá um momento para network.
Para quem quiser saber mais sobre o tema, basta procurar o perfil @fasiconsultoria, tirar as dúvidas e fazer a inscrição.
Confira entrevista com o consultor empresarial Gui Marback sobre o assunto
1- Qual a importância da cultura organizacional de uma empresa?
R: A cultura organizacional desempenha um papel fundamental no sucesso e na sustentabilidade de uma empresa. A cultura existe e está em permanente movimento, seja intencional ou não, podendo servir como uma alavanca ou como um obstáculo. A cultura de uma organização é a essência da empresa, moldando como as coisas são feitas e como as pessoas se relacionam umas com as outras e qual o modelo mental usado para criar com processos e regras. Uma cultura forte e saudável é um ativo valioso, impossível de copiar, que pode impulsionar o desempenho e a competitividade da empresa em todos os níveis, se tiver alinhada com a estratégia. Cuidar da Cultura de forma intencional é vital para a melhoria do desempenho e perenidade das organizações.
2- Quais os principais desafios que a gestão de uma empresa enfrenta atualmente?
R: A gestão de uma empresa enfrenta uma série de desafios em um ambiente de negócios em constante evolução. Eu elenco:
Transformação Digital e Emergência da Inteligência Artificial;
Adaptação às Mudanças no Mercado e as alterações nas características de demanda geral, potencializado pela evolução social seja dos consumidores e todos os demais stakeholders;
Atração e Retenção de Talentos. As empresas enfrentam desafios para atrair, desenvolver e reter os melhores profissionais em um mercado de trabalho altamente competitivo. Além de gerenciar as diferentes necessidades e visões de mundo das múltiplas gerações de colaboradores e da nova forma que as pessoas posicionam o Trabalho em suas vidas após a experiência da pandemia ;
Sustentabilidade e Responsabilidade Social: envolve questões como redução da pegada de carbono, gestão responsável de recursos naturais, respeito aos direitos humanos, diversidade e inclusão, assim como, o engajamento com as comunidades locais;
Aprender a gerenciar a Cultura Organizacional tal qual faz com o plano estratégico. Esse é um assunto que ainda não é comum no mais alto nível da gestão da maioria das organizações, muitas vezes sendo delegado totalmente como responsabilidade do RH.
3- Como desenvolver bons líderes em uma empresa?
R: Primeira coisa é entender que desenvolvimento é um meio e não um fim. O primeiro passo é fazer um bom mapeamento para entender o estado atual, quais os pontos fortes e de desenvolvimento do nosso time. Além disso, entender a partir da estratégia de negócio e da cultura qual o estado desejado. Vale lembrar que um bom entendimento do gap entre ‘onde estamos’ versus ‘onde queremos chegar’ permite a mensuração durante o processo e para tangibilizar o investimento em avanço no negócio.
Com essa análise do cenário, agora o desenvolvimento deve ser personalizado. Customizar para etapa e peça de aprendizagem ao contexto da empresa, aos desafios de negócio, usando casos concretos que acontecem na organização.
Com um despertar na consciência, teoria e ferramental, o que vai aumentar a chance de sucesso do desenvolvimento dessa liderança é a prática assistida. Seja pelo método mais eficiente e poderoso, a imersão com simulação organizacional, seja por meio de um programa modular consistente em que os participantes tem a oportunidade de testar e aplicar o aprendizado, voltar para sala e debater sobre dificuldades e boas práticas.
4- Qual o papel do RH nesse contexto?
R: O RH desempenha um papel crucial na gestão intencional da cultura organizacional e no desenvolvimento contínuo da liderança. Ressalto:
O RH desempenha um papel central ao traduzir a Identidade Cultural (missão, visão, valores) em políticas, práticas e programas que promovam a cultura desejada. O RH também é responsável por comunicar e reforçar consistentemente a cultura organizacional em toda a empresa.
O RH também é responsável por recrutar e selecionar candidatos que não apenas possuam as habilidades técnicas necessárias, mas também se alinhem culturalmente com a empresa. Isso envolve identificar os valores e comportamentos desejados e incorporá-los nos processos de recrutamento, entrevista e avaliação, e posteriormente no processo de ingresso e onboading.
Avaliação e Monitoramento periódico da cultura organizacional e do clima de trabalho para identificar áreas de força e oportunidades de melhoria. Isso pode ser feito por meio de pesquisas de clima, avaliações de engajamento dos funcionários e análise de métricas relacionadas à cultura.
Desenvolvimento da Liderança em todos os níveis é uma das principais alavancas em qualquer empresa! Isso pode envolver a identificação de talentos promissores, programas de desenvolvimento de liderança alinhados aos valores da empresa e as capacidades que o negócio exige, coaching executivo, mentoring e feedback 360 graus. Ir além do que está em alta ou é tendência no mercado, de fato entender como potencializar os números da empresa pelo desenvolvimento humano.
5- Como engajar os colaboradores de uma empresa?
Eu defino a o engajamento dos colaboradores acontecendo a partir da “Conexão verdadeira com aquilo que se acredita, associado a Liberdade de se expressar de forma genuína e sem medo”. O primeiro trecho dessa frase, refere-se à cultura, enquanto o segundo trecho refere-se à liderança. Como já dizia o Edgard Schain “liderança e cultura são os 2 lados da mesma moeda”. Esse é um cuidado permanente que as empresas precisam ter.
Quando falamos de Cultura, ter a clareza de propósito, visão, missão e quais valores devem nutrir a escolhas e decisões são cruciais para verificar se essa proposta conecta-se com aquilo que acredito, por outro lado a liderança precisa honrar tudo isso com as suas práticas, além de nitrir um ambiente onde as pessoas possam ser elas mesmas contribuindo com aquilo que têm de melhor. Além disso, o engajamento está diretamente conectado a pessoa ter consciência e entendimento a respeito de como sua função, suas atividades diárias de conectam com o propósito maior da empresa.
Aqui vão algumas dicas adicionais:
Comunique de forma transparente e frequente. Mantenha os colaboradores informados sobre os objetivos da empresa, os progressos alcançados e os desafios enfrentados.
Promover uma cultura de respeito, diversidade e inclusão, onde todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados. Incentive a participação de todos, independentemente de sua posição ou origem.
Ofereça oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para os colaboradores crescerem e progredirem em suas carreiras.
Reconheça e valorize as contribuições dos colaboradores: Reconheça publicamente o trabalho árduo, as conquistas e as contribuições dos colaboradores para o sucesso da empresa.
Incentive um ambiente de trabalho saudável e equilibrado, onde os colaboradores tenham tempo para descansar, recarregar as energias e cuidar de sua saúde física e mental. Aqui na Crescimentum aplicamos a teoria do Envolvimento Total, inclusive um de nossos valores se chama “Cuide-se. Energia + Vitalidade = Sonho Realizado”.
Promova a participação dos colaboradores na tomada de decisões, de forma geral, as pessoas se engajam com o que elas participam na construção criação.
6- Como saber se tenho perfil para ser líder?
A primeira pergunta deveria ser ‘eu quero ser líder?”. Liderança não é uma tarefa fácil. No aspecto de gestão: devemos ter gosto por transformar sistemas, resolver problemas a todo tempo. No aspecto liderar: devemos avaliar se estar pelos outros é algo que nos move, construir um legado dedicando tempo às pessoas, “colocar gente na agenda!”.
Uma vez que você realmente queira e isso se conecta com seu propósito, todo mundo pode ser um(a) ótimo(a) líder.
Não acredito tanto no perfil ideal, mas sim na motivação e obviamente em um bom treinamento, trazendo para consciência seus pontos de desenvolvimento e trabalhando para melhorar ainda mais nos pontos fortes.
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