Para Rodrigo Silva, livro sagrado é, antes de ser uma obra religiosa, um clássico mundial e precisa ser conhecido por quem busca cultura
‘Shakespeare fez a Inglaterra, a bíblia fez o ocidente’, diz teólogo
Com mais de seis bilhões de livros vendidos, a bíblia é o maior fenômeno literário do mundo. Como tal, já inspirou ficção e realidade, serviu de base para os primeiros estudos científicos do mundo e ajudou a construir a história da sociedade moderna. É nela também que está o livro Gênesis, tema da nova superprodução da Record TV, com estreia marcada para 19 de janeiro.
As adaptações da literatura ajudam a levar a história para mais pessoas e, com isso, reafirmam a importância dos escritos. “Antes de ser um livro religioso, a bíblia é um clássico, um best-seller. Merece ser conhecida por qualquer um que queira ter cultura”, resume o arqueólogo e teólogo Rodrigo Silva.
Independentemente de religião, o livro sagrado deve ser exaltado da mesma forma que fazemos com outros clássicos universais, como Hamlet e Romeu e Julieta. “[William] Shakespeare fez a Inglaterra, a bíblia fez o ocidente”, compara Silva, que também atua como consultor histórico da novela da Record TV.
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Passado e presente
A estreia da novela acontece justamente no momento em que o mundo busca se reerguer da pandemia do novo coronavírus. A doença provocou mudanças de comportamento, tirou muitas vidas e espalhou um sentimento de incertezas e fragilidade. É justamente o livro que narra a criação de tudo, segundo o pesquisador, que pode levar uma mensagem de esperança para as pessoas. “Pior do que descobrir uma doença, é não saber o que você tem. O primeiro passo para a cura é saber o que você precisa combater.”
O texto bíblico conta a história dos primeiros dois mil e trezentos anos da humanidade. E é nesse período que está a origem de todos os problemas sociais e raciais, da batalha entre o bem e o mal. O livro também retrata que escolhas erradas podem impactar gerações. “Gênesis mostra o propósito da vida, o que deu errado e qual a solução”, aponta Rodrigo Silva.
Em contraponto ao que está na bíblia, a teoria evolucionista descarta a ideia de um criador e diz que a vida é consequência das mudanças dos seres ao longo do tempo e da forma como eles se relacionam ao meio onde habitam. “A ideia evolucionista não responde o anseio da alma humana, essa carência de propósito”, destaca Silva, que completa: “A ciência tem jogado mais luz sobre o que a bíblia fala. Não o contrário.”
Prova disso está no documentário O Arquiteto do Universo (2014), dirigido por Steve Greisen. O filme apresenta fatos científicos para mostrar como cada ser é capaz de coisas extraordinárias e tem papel fundamental na vida na terra. “A ciência revela a genialidade da obra de Deus”, diz a produção.
Através de detalhes de abelhas, bisões, camelôs, alces e grilos, o documentário mostra como alguns desses animais foram fundamentais, inclusive, em momentos importantes da história humana. “Nós também somos uma criação incrível. Deus criou cada um de nós com um propósito. E quando percebemos isso, nós o honramos”, conclui o filme.
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