Como seres eminentemente sociais, desde o nascimento sentimos a necessidade de compartilhar espaços e experiências, é o impulso associativo descrito por pensadores desde a antiguidade clássica.

Ao sermos partes de uma sociedade, as nossas decisões cotidianas interferem na vida coletiva, impondo-nos a responsabilidade de dimensionar corretamente o impacto daquilo que fazemos.

Com uma compreensão abrangente do termo Política, concluímos que ela serve para designar as escolhas da vida cotidiana, capazes de tornar a existência mais digna para todos os indivíduos pertencentes a um mesmo território.

As alternativas, para construir essa vida boa, ajudaram na formação de diferentes correntes político-ideológicas  e, com a modernidade, na dicotomia entre esquerda e direita.

Na abordagem proposta pelo autor italiano Noberto Bobbio, as diferenças entre esquerda e direita estariam alicerçadas no debate acerca de direitos valorosos em uma sociedade: liberdade e igualdade.

Defensores da liberdade, posicionados na direita do espectro político, acreditam no liberalismo econômico e, para equacionar todas as distorções, o mercado é apresentado como solução. Diferentemente, ideólogos de esquerda defendem a supremacia da igualdade, mesmo que em detrimento da liberdade.

No Brasil, com desigualdades múltiplas e ausência de cidadania para parcelas significativas da população, esquerda e direita elaboram discursos de combate às desigualdades, por meio da intervenção estatal. A distinção entre os polos está na forma como os seus adeptos propõem medidas de atuação.

Portanto, se os defensores das ideologias de direta atribuem às forcas de mercado e às políticas públicas verticalizadas a redução das desigualdades, a esquerda acredita que as mudanças só ocorrem com uma ampla participação popular e um forte desempenho do Estado.

Finalmente, diante da distinção entre esquerda e direita, qual é a sua crença política?

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