Evento, que segue até o dia 17, terá 24 filmes na disputa por Palma de Ouro
74ª edição do Festival Cannes começa nesta terça-feira (6) em versão presencial
Depois de adiado e finalmente cancelado no ano passado, por causa da pandemia, a 74ª edição do Festival de Cinema de Cannes, na França, terá início nesta terça-feira (6), em versão presencial.
Ainda com restrições, o evento permitirá acesso de visitantes que comprovem testes negativos para Covid-19 na chegada e ao longo da semana do festival. As máscaras dos participantes só serão retiradas para fotos no início das sessões.
O musical “Annette”, do francês Leos Carax, com Adam Driver e Marion Cotillard, abrirá o evento. O filme conta a história de um casal de famosos cercado de glamour, até que tudo muda.
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Palma de Ouro
Neste ano, 24 filmes, rodados antes e durante a pandemia, estão na mostra oficial – o maior número dos últimos anos.
As produções são da Europa, África, Oriente Médio, América do Norte e Ásia. Este ano nenhum filme latino-americano foi selecionado.
A Palma de Ouro será disputada por cineastas renomados, como o americano Wes Anderson, o holandês Paul Verhoeven, o iraniano Asghar Farhadie, e por diretores que já receberam o prêmio máximo em Cannes, como o italiano Nanni Moretti e o tailandês Apichatpong Weerasethakul.
O resultado será anunciado no dia 17 de julho pelo júri presidido pelo cineasta americano Spike Lee, o primeiro afro-americano no posto.O brasileiro Kléber Mendonça Filho é um dos integrantes.
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Veja quais são os 24 filmes que vão disputar a Palma de Ouro:
– “Annette”, do francês Leos Carax. Protagonizado por Adam Driver e Marion Cotillard, que personificam um casal de estrelas cuja vida muda com a chegada de sua primeira filha.
– “Benedetta”, do holandês Paul Verhoeven. Retrato de uma freira homossexual ambientado no século XV e baseado em fatos reais.
– “The French Dispatch”, do americano Wes Anderson. Filmado no sudoeste da França e protagonizado por Bill Murray, Tilda Swinton, Benicio del Toro e Adrien Brody.
– “Tout s’est bien passé”, do francês François Ozon. Adaptado do romance homônimo de Emmanuèle Bernheim, sobre uma filha que ajuda o pai a morrer. Com Sophie Marceau, Charlotte Rampling e André Dussollier no elenco.
– “Tre piani”, do italiano Nanni Moretti. Duas décadas depois de ganhar a Palma de Ouro, o diretor volta a Cannes com um filme sobre várias famílias que moram no mesmo prédio.
– “A Hero”, do iraniano Asghar Farhadi. Um thriller psicológico com o qual o oscarizado cineasta voltou a filmar em seu país natal.
– “Flag day”, do americano Sean Penn. Sobre a vida dupla de um pai de família.
– “Red Rocket”, do americano Sean Baker. Um filme de cinema independente que narra o retorno de uma estrela pornô à sua pequena cidade no Texas.
– “Petrov’s Flu”, do russo Kirill Serebrennikov. Um filme entre o sonho e a realidade que retrata a vida de um quadrinista na Rússia pós-soviética.
– “Memoria”, do tailandês Apichatpong Weerasethakul. Tilda Swinton interpreta uma orquidófila que viaja à Colômbia para visitar sua irmã e começa a ouvir sons estranhos.
– “Titane”, da francesa Julia Ducournau. Protagonizado por Vincent Lindon, conta o retorno de um menino desaparecido há 10 anos e o reencontro com seu pai.
– “Haut et fort”, do marroquino Nabil Ayouch. Um filme ambientado no mundo do hip hop que descreve a criatividade da juventude de Marrocos.
– “Bergman Island”, da francesa Mia Hansen-Love. Um casal de cineastas americanos se estabelece na ilha que inspirou o cineasta sueco. Tim Roth é o protagonista.
– “Drive my car”, do japonês Ryusuke Hamaguchi. Um filme basado em uma obra de Haruki Murakami.
– “The story of my wife”, da húngara Ildikó Enyedi. Um drama com os franceses Léa Seydoux e Louis Garrel.
– “Ahed’s knee”, do israelense Nadav Lapid. Um cineasta enfrenta a morte de sua mãe.
– “Compartment N. 6”, do finlandês Juho Kuosmanen. Um “road-movie” sobre uma mulher que pega um trem romo ao círculo polar ártico.
– “The worst person in the world”, do norueguês Joachim Trier. Relata a história de uma mulher em Oslo que busca refazer sua vida.
– “La fracture”, da francesa Catherine Corsini. Um filme ambientado em um hospital, com Valeria Bruni Tedeschi e Marina Foïs.
– “Les intranquilles”, do belga Joachim Lafosse. Drama que explora os meandros do trastorno bipolar.
– “Les Olympiades”, do francês Jacques Audiard. Filmado em um bairro multiétnico de Paris, conta com a premiada Céline Sciamma no roteiro.
– “Lingui”, do chadiano Mahamat-Saleh Haroun. Drama sobre uma adolescente grávida no Chade, onde o aborto é proibido.
– “Nitram”, do australiano Justin Kurzel. Um filme que através da lembrança de um massacre com dezenas de mortos em 1996 aborda a venda de armas.
– “France”, do francês Bruno Dumont. Léa Seydoux encarna uma famosa jornalista cuja vida muda totalmente após um acidente.
Brasil em Cannes
A visibilidade brasileira, em um dos principais eventos internacionais de cinema, está reservada para a mostra ‘Sessões Especiais’ com o longa ‘O marinheiro das montanhas’, do cearense Karim Aïnouz, formado na Universidade de Brasília (UnB).
Ele, que já venceu a mostra ‘Um Certo Olhar’ (com A Vida Invisível), em 2019, comparece para exibir uma jornada biográfica rumo à Argélia, onde nasceu o pai.
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